Convocação confirma Brasil favorito ao ouro olímpico no futebol masculino
Mário Magalhães
Que favoritismo não ganha jogo é mais sabido que as tramoias do Eduardo Cunha.
E um pouco mais de sensatez não recomenda, depois de tantas bordoadas, apostar na seleção.
Ainda mais se tratando de competição, como o futebol masculino olímpico, em que sempre perdemos.
Mas a vida sensata demais convida ao tédio e carece de graça.
Isso mesmo, a impressão é inescapável: o Brasil é favorito ao ouro nos Jogos do Rio.
A convocação de ontem do técnico Rogério Micale confirmou.
O time tem potencial, em especial no ataque. Neymar e Douglas Costa, titulares do escrete principal, têm lugar garantido, salvo contratempo. Se jogarem três atacantes, Gabigol e Gabriel Jesus parecem ter mais chances na disputa para entrar. Têm estilos diferentes, oferecem opções.
Ignoro o meio-de-campo preferido do treinador. Rodrigo Dourado no centro e Rafinha e Fred pelos lados formariam um trio de encher os olhos.
Marquinhos na zaga é luxo. Idem o coroa Fernando Prass no gol.
Em tese, somos mais fracos _ou menos fortes_ nas laterais.
O favoritismo é reforçado pela ausência de estrelas dos visitantes, que, sem os craques, tornam-se menos competitivos.
E a despeito de Micale não contar com todos os escolhidos, pois alguns foram barrados por seus clubes.
A medalha de bronze do timaço brasileiro de 1996 foi digna, mas frustrante.
Serve de alerta.
Agora, a seleção tem tudo para, enfim, chegar lá.