Blog do Mario Magalhaes

Atletas estrangeiros começam a descobrir que Rio real não é ‘Rio olímpico’

Mário Magalhães

Fernando Echávarri e Tara Pacheco, representantes da Espanha na classe Nacra 17

Fernando Echavarri e Tara Pacheco, roubados – Foto ESPN/Divulgação

 

O Rio não é a primeira sede olímpica a se embelezar para os Jogos, tentando exibir o mais bonito e esconder o mais feio. É o padrão.

De um jeito ou de outro, porém, os visitantes acabam vivendo um pouco da cidade autêntica.

Foi o que ocorreu com os velejadores espanhóis Tara Pacheco e, com uma medalha olímpica de ouro no currículo, Fernando Echavarri.

Eles andavam com o técnico Santiago López-Vázquez no bairro de Santa Tereza quando foram assaltados na manhã da sexta-feira.

Armados com pistolas, jovens com idades estimadas de 15 a 18 anos levaram dinheiro, telefones e outros pertences dos europeus, que já treinam na baía de Guanabara para a competição de agosto.

Ao contrário dos colegas que descobrem o Rio real, Echavarri já havia sido roubado na cidade em 2009. Ele disse à repórter Paula Ferreira:

''As pessoas são muito agradáveis aqui, a polícia se portou muito bem nas duas vezes que fui assaltado. O problema é que há muita pobreza e as pessoas que não têm nada vão onde os turistas estão para roubá-los. É perigoso. A cidade era perigosa há dez anos e ainda é perigosa agora, nada mudou''.

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