Flávia e Maria Silvia confirmam: para Temer, lugar de mulher é na segundona
Mário Magalhães
O governo provisório com pinta e pretensão de definitivo tentou vender as nomeações de uma secretária e de uma presidente de banco de investimento como exemplos do prestígio que mulheres teriam na administração Michel Temer.
O resultado, a despeito da boa vontade do habitual chaleirismo, foi oposto ao pretendido: salientou mais ainda, como se fosse possível, a obscena ausência de ao menos uma ministra no Ministério.
A professora Flávia Piovesan é a nova secretária de Direitos Humanos, subordinada do ministro da Justiça.
A economista Maria Silvia Bastos Marques comandará o BNDES.
Aplaudindo ou não o que elas pensam e fazem, ambas têm capacidade para serem ministras.
Mas, no século 21 à brasileira, estão limitadas ao segundo escalão.
Bajuladores de Temer argumentam: o critério que preside o governo é o da meritocracia.
Noutras palavras, em nenhuma área haveria mulher com mais méritos do que homem.
Fala sério.