Parece que fizeram transfusão de sangue em Ganso: a hora e a vez do craque
Mário Magalhães
Escrevo antes da divulgação da lista prévia de convocados para a Copa América, que sai nesta sexta-feira.
É impossível não pensar que, na hipótese de Dunga preterir Ganso, seria, aí sim, caso de condução coercitiva.
Parece que o jogador com sangue de barata passou por uma transfusão.
Técnica ele sempre teve de sobra. Agora, mostra-se competitivo.
Aparece em todo o campo, armando o São Paulo, como na sublime exibição de ontem pela Libertadores.
Se o corpo é lento, o craque faz o time jogar rápido. Ganso pensa rápido, age rápido.
Recusa passes para os lados, fáceis.
No começo da partida contra o Toluca, errou alguns. Eram difíceis. Se acertasse, deixaria os companheiros pertinho do gol.
Sob o comando de Ganso, chegaram aos 4 a 0.
Se o tricolor atuasse sempre como ontem, seria disparado a melhor equipe do país. Mas é ciclotímico.
Ao contrário de Ganso, que vai estabelecendo regularidade em alto nível, orientado por Edgardo Bauza.
O ceticismo em relação a Ganso vai sendo trocado por confiança.
Jogando o que tem jogado, tem de ser titular da seleção.
Só o que faltava era ser barrado.
Tomara que não.