Em todo o Brasil, Fiesp segue torrando dinheiro para aprovar impeachment
Mário Magalhães
Veterana de causas liberticidas como o golpe de Estado de 1964, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo segue torrando dinheiro na campanha pela deposição de Dilma Rousseff.
No dia 29 de março, a Fiesp integrara uma gorda coalização de entidades empresariais em anúncio gigantesco pró-impeachment, como anotou o blog.
No sábado, a agremiação presidida por Paulo Skaf bancou sozinha mais propaganda. Aqui no Rio, vi no ''Globo''. No domingo, Skaf foi recebido por Michel Temer.
A Fiesp divulgou o que supõe ser digno de elogio: o voto de deputados do Rio pró-impeachment. Incluindo Pedro Paulo, que na antevéspera tentava explicar o inexplicável, o desabamento da ciclovia que matou ao menos duas pessoas.
Além do atávico apetite golpista, o que chamou a atenção foi a federação paulista veicular alhures anúncio tratando exclusivamente de deputados do Estado do Rio. Nem a Firjan, o clube dos industriais locais, associou-se à publicação. E isso que está na mesma trincheira, a da derrubada da presidente constitucional.
Não é a primeira vez que a Fiesp age assim na cruzada de 2016 contra a soberania do voto popular.
Ao fundo, ecoa a voz do deputado Paulinho da Força, possível ministro do Trabalho em eventual governo Temer: ''Tem muita gente querendo financiar esse negócio do impeachment''.