Eis a peça decisiva do jogo do impeachment: a salvação de Eduardo Cunha
Mário Magalhães
Com a troca de um integrante do mal denominado Conselho de Ética da Câmara, o deputado Eduardo Cunha deve passar a ter maioria na votação do seu infindável processo de cassação.
É o que contam hoje os repórteres Eduardo Bresciani e Simone Iglesias.
A comissão caminha para livrar o presidente da Casa de punição por ter dito aos seus pares que não mantinha conta no estrangeiro. Mais tarde, autoridades suíças enviaram documentos comprovando o contrário.
A impunidade de Eduardo Cunha é peça decisiva no jogo para depor Dilma Rousseff: o acordão pró-impeachment, comandado por ele, estabelece pactos para sua própria salvação.
O governo de ''união nacional'' alardeado pelo missivista Michel Temer teria a seguinte fórmula: castigo da presidente constitucional, que não é acusada de gatunagem, e falta de castigo para Eduardo Cunha, que é.
Mais claro, impossível.