Michel Temer teria 1% dos votos se a eleição presidencial fosse hoje
Mário Magalhães
O Datafolha divulgado neste fim de semana fez quatro simulações de eleição para presidente.
Mais uma vez, constata-se o desempenho sofrível dos políticos mais tradicionais.
Notícia boa teve Marina Silva, que sobe ou oscila para cima. Tem potencial para crescer mais, caso assuma postura autônoma, sem se alinhar com os contendores mais desgastados.
O mais relevante da pesquisa, contudo, não é a parte de cima, e sim a de baixo.
O vice-presidente Michel Temer se articula, conspira, aquece para o assumir o cargo da presidente constitucional Dilma Rousseff.
É o que ocorreria por meio do impeachment de Dilma.
Seria um drible nas urnas. E que drible!
Em três dos quatro cenários testados pelo Datafolha, Temer recebe 1% da intenção de votos. Isso mesmo, um por cento. Noutra simulação, com Geraldo Alckmin no lugar de Aécio Neves, o vice alcança 2%.
Em todas as hipóteses, desprezando a margem de erro, o peemedebista é superado até por Luciana Genro.
Assim é fácil ser presidente, dispensando a manifestação popular soberana.
Na democracia, presidente se elege no voto.