Pep dá o toque: não existiu uma ‘Era Guardiola’; existe a ‘Era Messi’
Mário Magalhães
Síntese da sabedoria de técnicos geniais, Josep Guardiola não se cansa de rejeitar a ideia de que houve uma 'Era Guardiola' no Barcelona, tempo em que se assistiu ao melhor time de futebol que eu e muita gente vimos.
''Há na verdade uma Era Messi'', ensina o melhor treinador do planeta.
É isso aí. Com os 3 a 0 de ontem sobre o River Plate, o Barça conquistou seu terceiro Mundial de clubes.
Dois com Guardiola no banco.
Os três com Messi em campo.
Suárez, com cinco gols, recebeu o merecido título de melhor da competição.
Segundo colocado, Messi também foi protagonista.
Ausente da semifinal devido a cólicas renais, na decisão ele abriu o caminho para o triunfo, quando os caminhos pareciam fechados.
Anotou o gol inaugural, encontrou espaços, deu passes inspirados, finalizou com perigo.
No segundo tempo, cansou um pouco.
Neymar não brilhou como o argentino e o uruguaio, mas jogou bem, somando duas assistências.
Teria ido melhor se a arbitragem não fosse tão permissiva com a pancadaria contra o brasileiro.
Elegante, Messi levantou o braço depois do seu gol, como se pedisse desculpas à torcida argentina.
Isso não impediu que seres primitivos, torcedores do River, o xingassem e até cuspissem nele, no aeroporto de Narita.
Vale uma vida viver a Era Messi, talvez o maior jogador de todos os tempos, considerando Zico, o craque supremo, hors concours.
E valerá outra viver, tomara, a Era Neymar.