Ao pedir cartão absurdo, Felipão pareceu culpar Daniel Alves por fratura
Mário Magalhães
O Barcelona não foi brilhante, mas passeou frente ao Guangzhou Evergrande e sobrepujou a retranca com três gols de Suárez.
A semifinal do Mundial de clubes teve uma cena chocante: ao disputar a bola com Daniel Alves na área do time chinês, depois de meia hora de jogo, Zou Zheng fraturou a perna esquerda.
Falta, corretamente marcada, mas o lance foi casual (assista aqui).
O brasileiro deu um empurrãozinho por trás, quase nada, no adversário.
O jogador chinês caiu e se machucou.
Até aí, só tristeza.
Em seguida, sobreveio a reação destemperada do técnico do Guangzhou Evergrande, o brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Alucinado, à beira do campo, Felipão pedia cartão para Daniel Alves.
O lateral do Barça mal havia tocado em Zou Zheng.
Ao surtar, reivindicando cartão (de qual cor?), Felipão dava a entender que culpava Daniel.
Um absurdo, sem pé nem cabeça, maldade com quem não teve culpa.
Como não entro na cabeça do Felipão, não falarei em problemas passados com Daniel na Copa de 2014, nem em declarações do lateral sobre a preparação da seleção na época do 7 a 1.
O árbitro não deu o cartão que seria um insulto a Daniel Alves e ao bom senso.
Para Felipão, talvez se trate apenas de sangue quente durante o jogo. Da tradicional pressão sobre a arbitragem. Para mim, soa como apelação, coisa do passado, do futebol de outros tempos.
De resto, Iniesta jogou muito no 3 a 0, e só não jogou mais porque Paulinho, em boa forma, fungou no seu cangote.
É muito chato acordar na esperança de ver o Messi e ser surpreendido com a notícia de que ele ficaria fora, abatido por cólica renal.
No domingo, Barcelona e River Plate decidem. Tomara que, desta vez, com Messi e Neymar em campo.