Blog do Mario Magalhaes

Lição dos opositores argentinos: presidente sai das urnas, não do tapetão

Mário Magalhães

O chefe de governo de Buenos Aires, Mauricio Macri, prepara-se para votar na capital argentina em junho

Mauricio Macri, antes de votar, em junho – Foto Daniel Jayo/Associated Press

 

Há um aspecto que não merece ser menosprezado na eleição do opositor Mauricio Macri para presidente da Argentina: em vez de empenhar-se em chicanas e puxadas de tapete, a oposição apostou nas urnas para derrotar Cristina Kirchner _no caso, o candidato apoiado pela presidente, Daniel Scioli.

A oposição reconheceu a soberania do sufrágio popular que consagrara Cristina. Presidente se elege no voto, e não no tapetão.

Para regressar ao poder, cabe ao peronismo e ao kirchnerismo se preparar para o próximo pleito.

Se o triunfo de Macri é festejado em setores na vizinhança, o feito de certa forma deveria provocar constrangimento, ao reverenciar as urnas, desprezando tenebrosas transações.

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