Major PM forja prova em protesto, é condenado e vira assessor de coronel
Mário Magalhães
O major Fábio Pinto, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, forjou prova em protesto de 2013. Inventou que um manifestante portava um morteiro. Não sou eu quem o acusa. Essa foi a conclusão da Justiça Militar, que o condenou a 36 dias de prisão.
Noutro ato daquele ano, de professores, o major foi flagrado lançando spray de pimenta contra manifestantes.
O oficial ostenta no currículo oito processos disciplinares: ''quatro transgressões graves, uma transgressão média e três faltas leves''. Ao todo, permaneceu preso 86 dias.
Com essa trajetória edificante, o major Pinto esteve ontem na Assembleia Legislativa assessorando o coronel Cláudio Lima Freire, chefe do Estado-Maior da PM.
Quem conta tudo isso é a repórter Adriana Cruz, em furo do jornal ''O Dia'' nesta sexta-feira.
Pinto acompanhou Lima Freire em sessão da CPI que investiga o sumiço de armas.
A PM informou que o major recorre da decisão judicial sobre armação de flagrante.
Será que o exemplo transmitido ao resto da corporação, inclusive os jovens policiais, é ''protagonize uma farsa, que dá em nada''?