O fim da utopia de morrer de prazer: sexo não mata, conclui pesquisa
Mário Magalhães
Amig@s, adeus à fantasia: se alguém imagina morrer de prazer no aniversário de cem anos, pode procurar outro sonho.
Morrer de prazer mesmo, prazer-prazer, fornicando.
Aquela glória póstuma, da vizinhança perguntando aos netos: ''Morreu de quê?''
''Na cama.''
''Ainda bem, dormindo…''
''Não, transando!''
Quer herança mais generosa do que essa, @ bisnet@ se vangloriando d@ bisav@ que se manteve na luta até o êxtase derradeiro? ''@ velh@ teve um ataque do coração, não descansava…''
Porém, a ciência esclarece, é quase certo que não vai rolar, com cem, 50, 30 ou 20 anos, com coração em forma ou não.
Eis a boa notícia: sexo é mesmo vida, como diz a propaganda na TV, pois ninguém ou quase ninguém morre na hora da saliência.
Essa é a conclusão da pesquisa “Atividade sexual e pacientes cardíacos: uma perspectiva contemporânea”, veiculada pela revista médica “Canadian Journal of Cardiology”.
Seus autores são investigadores das universidades federais do Rio de Janeiro, Cláudio Gil Araújo e Aline Sardinha, e do Rio Grande do Sul, Ricardo Stein. A pesquisa rendeu reportagem de Ana Lucia Azevedo, ''Risco de morte durante sexo é quase nulo'' (leia aqui).
É muito raro alguém morrer namorando porque a energia consumida, mesmo no orgasmo, chega no máximo, ao contrário do que parece, à de uma caminhada em passo rápido.
''O gasto energético do sexo é baixíssimo'', disse o médico Araújo à repórter. ''Em qualquer relação, a etapa mais intensa, o ápice da penetração, não dura muito mais do que cinco minutos. Em geral, menos. E o orgasmo, que é o clímax, leva em média de dez a 30 segundos. Isso é muito pouco tempo para matar alguém''.
Aquelas histórias de que todo mundo já ouviu falar, de quem bateu as botas feliz, com os olhinhos revirados enquanto gozava e agonizava de prazer, não são necessariamente cascatas. Mas é dificílimo acontecer.
Divirtam-se!