Por que o Corinthians venceu o Flamengo? Dá uma olhada nas escalações…
Mário Magalhães
É possível falar muitas coisas sobre a vitória do Corinthians contra o Flamengo.
Que o placar poderia ter sido mais largo que o 1 a 0, pois o rubro-negro não criou, e o alvinegro desperdiçou chances.
Que o Jorge, dono de técnica acima da média, precisa de fortalecimento físico para estar à altura das exigências do futebol de alta competição. O jovem lateral-esquerdo não ganha uma corrida, mesmo de quem sai atrás. Hoje vacilou aos 47 minutos do primeiro tempo, voltando devagar quase parando para recompor a defesa visitante. Deixou o Vagner Love livre para marcar (o capitão Wallace, corretamente, tinha ido cobrir um buraco).
Mesmo sem opções mais promissoras, não dá para escalar o Paulinho. Há muitas partidas ele não acerta uma. Não é, desculpe lá, jogador para o clube mais popular do país.
Guerrero, sim, é. A bola só chega quadrada, quando chega, e o cara não desiste de lutar. Apanha feito cachorro magro, mas persiste. Um bravo.
Mas a síntese da tarde, mais importante que qualquer outro comentário, é a desigualdade entre os elencos.
Compare-se o meio.
De um lado, sobrando, Ralph, Elias, Jadson e Renato Augusto.
Do outro, deprê, Jonas, Márcio Araújo, Alan Patrick e Everton (ou Paulinho).
Cobrar o que do Oswaldo, além de detalhes?
Porque o fundamental é o abismo na qualidade dos jogadores. O resto é mesmo detalhe.
Para o Flamengo, a Libertadores já era.
O Corinthians, merecido, é o virtual campeão brasileiro. Parabéns, Tite.
Cada um colhe o que plantou, ao montar as equipes de 2015.
Tomara que 2016 seja mais generoso com o Flamengo.
Depende, sobretudo, de quem manda na Gávea.