Marta maldiz a corrupção. No PMDB, com Renan e Cunha. Acha que ninguém vê?
Mário Magalhães
A senadora Marta Suplicy se filiou ao PMDB, numa cerimônia em que dividiu a mesa com muita gente, como o vice Michel Temer e os capi da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.
Figura histórica do PT, Marta discursou: ''A gente quer um Brasil livre, livre da corrupção, livre das mentiras e daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais''.
Deve ser por isso que compartilhou o convescote e compartilhará o partido com um deputado denunciado, pela Procuradoria Geral da República, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O presidente da Câmara ainda não é réu, mas a pregação de Marta soa como peça de humor.
Talvez ela tenha se esquecido de tudo o que falou do PMDB.
Ou que, pouco tempo atrás, desfilou em caminhão que desfraldava a faixa ''Fora, Cunha!''.
A senadora parece achar que as pessoas não se dão conta do que acontece.
Como na célebre visita de Lula, em busca de uns votinhos, ao incomparável Paulo Maluf.
É isso aí: o pessoal aposta na memória curta.