Descoberta fórmula para o Flamengo ser campeão: eleições de 6 em 6 meses
Mário Magalhães
Nos três jogos de Paolo Guerrero pelo Flamengo, três vitórias, com um gol do peruano em cada partida.
Guerrero chegou há pouco à Gávea e ao Ninho do Urubu.
Bem como Emerson Sheik, com quem já tabelara no ataque do Corinthians.
Agora, vem Ederson, da Lazio (será que todo mundo que dá pitaco sobre o meia conhece mesmo o seu futebol?).
Três contratações com padrão acima do que vigorou nos últimos tempos no clube.
Elas evidenciam o erro da cartolagem rubro-negra, que se iludiu e vendeu a ilusão de que o elenco era forte para encarar o Brasileiro com pretensões maiores que não cair.
Não era, como mostrou o perrengue do fantasma do rebaixamento.
Mas não foram somente os insucessos no Brasileiro que motivaram a decisão de apostar mais alto.
A proximidade da eleição de dezembro, também.
Daqui a poucos meses, poucos milhares de sócios elegerão o novo comando, com mandato de três anos.
Temeroso da concorrência, inclusive de aliados que romperam, o presidente Eduardo Bandeira de Mello resolveu, grande notícia, reforçar o time, prevenindo-se de vexames (quem sabe não ganhamos a Copa do Brasil?).
Já pensou se, em vez de renovar a direção de três em três anos, a troca fosse de seis em seis meses?
Haveria mais disposição para montar equipes competitivas, e não medianas.
E ninguém precisaria sacrificar as contas do clube.
Como se viu nas últimas semanas, Guerrero e Emerson renderam, além da evolução em campo, mais dinheiro: em bilheteria, camisas vendidas e novos sócios-torcedores.
Ninguém proporá um mandato mais curto?
De dois anos já seria um avanço, pelo menos para motivar os cartolas a contratar jogadores à altura do mais querido.