Do Chile, somente Vidal e Bravo teriam lugar garantido na seleção argentina
Mário Magalhães
De toda a seleção chilena, acho que só dois jogadores teriam vaga incontestável na Argentina, rival dos anfitriões na decisão da Copa América: Bravo, titular do Barcelona no triunfo no Campeonato Espanhol, e Vidal, craque da Juventus campeã italiana.
Embora o desempenho dos dois na Copa América esteja aquém do que demonstraram na temporada europeia, são superiores a Romero, no gol, e, mais ainda, a Biglia, no meio-campo.
Isso quer dizer que o time de Messi terá moleza amanhã em Santiago? Claro que não.
Pode perder, se a torcida influenciar demais.
Se estiver afiado o quinteto bom de bola chileno (Vidal, Sanchéz, Valdivia, Aránguiz e Vargas).
Se a defesa visitante não se apresentar segura como na Copa do Mundo do ano passado.
E se os defensores da casa superarem suas limitações técnicas, anulando o espetacular ataque argentino.
Para quem gosta de futebol vistoso, com ambições ofensivas, é um prazer a final entre as duas equipes que jogam mais bonito.
Nesta semana, mexendo numas pastas à procura de documentos antigos, deparei-me com o ingresso reproduzido lá no alto.
Foi para a finalíssima da Copa América de 1995, disputada no Uruguai.
Daquela competição que cobri ao vivo, lembro-me de um gol do Túlio, contra a Argentina, depois de dominar a bola com o braço.
Do pênalti que o mesmo Túlio desperdiçou na série de cobranças no estádio Centenário, onde os uruguaios nos venceram e se sagraram campeões.
E do privilégio de assistir a Enzo Francescoli, um dos mais elegantes meias que conheci.
Considerando Messi atacante ou hors concours, nenhum dos jogadores que vão a campo amanhã ostentam a categoria do grande Francescoli.