O problema da 2ª temporada de ‘True Detective’ é a comparação com a 1ª
Mário Magalhães
Com dois episódios exibidos, parece muito boa a segunda temporada de ''True Detective'', série selo HBO.
Mudam os personagens e o cenário. Permanece a trama policial-existencial.
Louisiana ficou para trás, agora é a vez da Califórnia, mas os dias continuam sombrios.
Não são mais dois protagonistas, e sim três (sem contar um tipo mafioso). Saíram os tiras vividos por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, interpretações espetaculares. Entraram os polícias na pele de Rachel McAdams, Colin Farrell e Taylor Kitsch.
Antes e depois, almas atormentadas.
As criações de Nic Pizzolatto seguem em alto nível. O problema da segunda temporada é a comparação com a primeira.
Por mais talentosos que sejam todos em 2015, o que se viu na estreia de 2014 foi uma obra-prima televisiva.
Talvez Pizzolatto passe a vida buscando o auge conhecido precocemente, como já ocorreu com muitos artistas.
Mesmo se não reeditar o brilhantismo passado, o que ele oferece todo domingo à noite é um deleite estético.
Como parece saber que os dois personagens originais são quase inigualáveis, Pizzolatto incrementou a história criminal.
Isso aumentou a quantidade de personagens importantes, o que dificulta reconhecê-los.
Mas crescem as surpresas, como a que encerrou o episódio de ontem e deu vontade de não perder o próximo.