Fantasma é o Neymar, não o 7 a 1
Mário Magalhães
A seleção que derrotou o Peru por 2 a 1 na estreia na Copa América exibiu muitos problemas, decorrentes em boa parte das limitações de uma geração que carece do brilho de outras anteriores e recentes. Não falamos mais de quartetos, e sim de Neymar. Ele marcou o primeiro gol e deu o passe para o segundo, de Douglas Costa, no finalzinho.
O 7 a 1 como história jamais será superado.
Como trauma, somente com êxitos em Copa do Mundo.
Fantasma, porém, inexiste. O Brasil tem condições de melhorar. Não existe espectro a assustá-lo. Um novo vexame pode acontecer, mas o 7 a 1 já não é obsessão, embora tenha virado metáfora de reveses da vida.
Fantasma mesmo, no futebol, é o Neymar, em companhia de mais dois ou três em todo o planeta.
Fantasma para os adversários, é claro.
Ele caminha para ser um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Ocupa espaços no gramado inteiro, com um repertório assombroso.
Com ele em campo, qualquer pelada vale a pena.
Não custa lembrar: Neymar não jogou no 7 a 1.