Blog do Mario Magalhaes

Comparar titulares com reservas ajuda a entender falta de ousadia do Fla

Mário Magalhães

O meia Almir foi apresentado pelo Flamengo nesta terça-feira

Almir, meia técnico: melhor ou pior que Arthur Maia? – Foto Gilvan de Souza/Flamengo

 

Eis os 11 titulares do Flamengo no empate de ontem, 2 a 2 com o Sport: Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace, Anderson Pico, Jonas, Canteros, Almir, Gabriel, Alecsandro e Everton.

E os 12 no banco: César, Samir, Frauches, Marcelo, Thallyson, Armero, Cáceres, Luiz Antônio, Márcio Araújo, Arthur Maia, Eduardo da Silva e Paulinho.

Contundido, o titular Marcelo Cirino fez forfait.

E houve ao menos um suplente, o lateral-esquerdo Pablo Armero, que certamente jogará assim que recuperar a forma.

Experimente comparar titulares com reservas.

É impressionante a paridade entre uma e outra equipe. Elimine Thallyson, para o cotejo de 11 contra 11.

O nível muito igual decorre do perfil do elenco, mediano. Um ou outro um pouco acima da média, um ou outro abaixo, no geral tudo parelho.

Um problema grave do Flamengo em 2015, como em 2014, é este: faltam jogadores muito bons ou ótimos, aqueles dois ou três que se destacam pela qualidade notoriamente superior ao conjunto. Na conquista mais recente do Campeonato Brasileiro, o hexa de 2009, eram Pet e Adriano.

Essa mediocridade ajuda a entender por que Vanderlei Luxemburgo apostou num estilo pusilânime. A entender, não justificar.

Em pleno Maracanã, a equipe entrou fechada atrás, esperando o Sport, para se impor nos contra-ataques.

As fichas do visitante foram jogadas assim também, todavia com mais eficiência, e o jogo foi modorrento na primeira parte.

Vanderlei deveria ter ousado mais, porém é injusto ignorar o elenco limitado à sua disposição.

Almir, veterano vindo do Bangu, foi titular. Quem é melhor, ele ou o reserva Arthur Maia? É provável que a resposta dependa do ciclo da Lua e das marés. São jogadores pau a pau.

Sem nomes que até agora façam a diferença, Vanderlei tranca a equipe na retaguarda, para surpreender o rival com saídas rápidas.

Isso funciona muitas vezes, está aí Mourinho para provar.

Não é, porém, a tradição rubro-negra. Mesmo com timecos o Flamengo costuma aproveitar o Maracanã para se impor. Por isso nunca caiu para a segundona.

Ontem o empate saiu depois que o Sport ficou com um a menos e com jogador de linha no gol. Enfim, com o sufoco do Flamengo.

A reação rubro-negra _carioca_ valeu, depois de estar perdendo por 2 a 0.

Só foi obtida com a ajuda das circunstâncias _para que se enganar?

É possível melhorar com o atual elenco.

Mas sonhar mais além depende de contratação de peso.

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