Na 4ª-feira, a consagração do futebol ofensivo
Mário Magalhães
Desde a Copa eu não encarava quatro jogos no mesmo dia.
Sei que a qualidade não é a mesma do Mundial, nem a relevância ou a reverência.
Mas foi uma grande quarta-feira, porque os campos consagraram o futebol ofensivo, de quem ganha procurando com gula o gol, e não fechadinho atrás para surpreender em contra-ataques.
Jornada de riqueza, e não de miséria futebolística.
Mais Guardiola, menos Mourinho.
E isso apesar de os gols não terem sido tantos assim.
Pela Champions, 1 a 0 do Real Madrid, ambicioso com sua blitz, contra o rival citadino Atlético, plantado na retaguarda para especular em ações de guerrilha.
Na Libertadores, o Inter procurou e achou, 1 a 0 sobre o fraquinho The Strongest, lá no Beira-Rio.
No Independência, o Atlético conquistou com valentia os dois gols de diferença de que precisava para sobreviver, 2 a 0 no Colo-Colo.
Mais à noitinha, bisolhei duas partidas, mas só contei uma, porque foram no mesmo horário: São Paulo 2 a 0 no Corinthians, pela Libertadores, e idêntico placar a favor do Flamengo, contra o Salgueiro, na Copa do Brasil.
Nos cinco casos, venceu quem entrou mais disposto a atacar, o ataque permanente como caminho para o triunfo _enfim, o Vanderlei Luxemburgo trocou um dos três volantes do Flamengo por um meia.
No Morumbi, as lambanças do Sandro Meira Ricci equivaleram aos 7 a 1 do árbitro brasileiro na Copa. O Corinthians foi garfado _mas, antes das expulsões, o São Paulo já demonstrava mais fome de gol, até porque, ao contrário do adversário, ainda não estava classificado.