Herdeiros do integralismo, o nazifascismo light, também marcharam domingo
Mário Magalhães
Eu não sabia, mas se fosse mais esperto teria desconfiado: entre os manifestantes que saíram às ruas no domingo, em torno do ''fora, Dilma'', estavam herdeiros dos integralistas.
É o que mostrou hoje o Ancelmo Gois em sua coluna, como se vê na imagem lá do alto.
O movimento integralista foi a versão brasileira, menos criminosa e mais fanfarrona, do nazifascismo europeu da década de 1930.
A letra grega sigma foi adotada como seu símbolo.
Entre suas identidades de extrema direita com Hitler estava o antissemitismo.
Alguns historiadores, talvez por preguiça na pesquisa, costumam isolar o preconceito mais intolerante ao grupo do escritor Gustavo Barroso, um dos próceres da velha Ação Integralista Brasileira.
Mas outro escritor, Plínio Salgado, o capo do integralismo, também era um cretino antissemita, como se vê nestas palavras dele publicadas em 1934 no jornal ''A Offensiva'': “Declarei solenemente a guerra contra o judaísmo organizado. É o judeu o autor de tudo. (…) Fomos agora atacados, dentro de São Paulo, por uma horda de assassinos, manobrados por intelectuais covardes e judeus. Lituanos, polacos, russos, todos semitas, estão contra nós''.
Não custa enfatizar que a esmagadora maioria dos presentes nos protestos dominicais não é saudosa dos valores cultivados pelos galinhas verdes, como os integralistas eram chamados.
Mas estiveram lado a lado com eles.
Para saber mais sobre essa turma tão perigosa quanto ridícula, que entusiasmou multidões no século passado, basta clicar aqui.