A diferença entre torcer por Corinthians ou São Paulo, para um rubro-negro
Mário Magalhães
Sou Flamengo e não tenho clube de coração na cidade onde morei pertinho do Pacaembu.
Ou seja, não torço nem pela instituição Corinthians, nem pela instituição São Paulo.
Embora, vá lá, reconheça, pode ser, o tempo em que cobri a equipe do Telê tenha deixado marcas no coração.
Este olhar é rubro-negro, e não sobre clubes, mas times de futebol: que diferença torcer hoje por São Paulo ou Corinthians!
Não pela qualidade (o alvinegro é melhor que o tricolor), porque se isso determinasse alguma coisa faria anos que eu não vestiria o manto sagrado _sim, desde que deixei o jornalismo esportivo voltei a trajar, com imenso orgulho, a camisa do Flamengo (outros três irmãos são vascaínos, e um é gremista).
Falo do gosto de torcer por um time que luta, entrega-se, honrando sua maravilhosa torcida. Eis o Corinthians, claro.
Do outro lado, como se viu ontem em Buenos Aires com o São Paulo, há jogadores que, a julgar pelas aparências, não estão nem aí. Tanto faz se vencer, perder ou empatar. Desculpem, mas é o que observo no Pato e no Ganso.
Torcer é bom quando torcemos para quem batalha, dá o sangue.
E não para quem, em caso de revés, sofrerá menos do que quem está na arquibancada.
Fico pensando na atitude do Telê ao ver, em campo, jogadores indiferentes ao destino das suas esquipes, dos seus companheiros e da sua torcida.
Não veria, porque o Telê não os deixaria em campo.