Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : março 2015

Deputados Bolsonaro convocam para manifestação pelo impeachment de Dilma
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Mário Magalhães

blog - jair bolsonaro

Deputado federal Jair Bolsonaro, do PP, aquele partido… – Foto Antônio Araújo/UOL

 

Os deputados federais Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) estão convocando para a manifestação do próximo domingo a favor do impeachment da presidente constitucional Dilma Rousseff.

O pai diz, no Facebook: “Eu, Jair Bolsonaro, como cidadão, estarei presente no movimento do próximo dia 15 de março. Apelo a você, brasileiro: não deixe chegar à situação que chegou a Venezuela para tomar uma providência. Daí pode ser tarde demais. O Brasil é nosso, quem tem que sair daqui são eles. Dia 15, todos juntos. Brasil acima de tudo”.

O filho conclama: “Aos amigos de São Paulo, confirmo a minha presença no dia 15 de março na manifestação contra o governo federal, que bate recordes de corrupção. […] Se tiramos o Collor por muito menos, com Dilma não será diferente. Algo tem que ser feito”.

Nem o mais eficiente malabarismo retórico impede a constatação do óbvio: quem desfraldar no domingo a bandeira do impeachment estará ao lado da família Bolsonaro.

O pai integra o PP, partido com mais parlamentares cuja investigação no âmbito da Lava Jato foi pedida pelo procurador-geral geral da República ao Supremo Tribunal Federal.

O filho compareceu armado, em 2014, a um ato pró-impeachment.

Em outubro do mesmo ano, a maioria dos eleitores escolheu Dilma para um segundo mandato.

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Se Dilma estiver certa, protesto da CUT na 6ª-feira será ato de estúpidos
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Mário Magalhães

(BBC Brasil)

Dilma mexeu ou não? – Foto reprodução BBC Brasil

 

A considerar o pronunciamento televisivo de Dilma Rousseff na noite de domingo, os protestos que a Central Única dos Trabalhadores, movimentos sociais e outras organizações preparam para a próxima sexta-feira não passam de obra de mentecaptos.

São inconciliáveis as opiniões da presidente e dos sindicalistas.

Dilma afirmou, em meio a eufemismos como “correções e ajustes na economia”, “momento diferente”, “problemas conjunturais” e “armas mais duras”: “Como sempre, protegendo de forma especial as classes trabalhadoras, as classes médias e os setores mais vulneráveis”.

A CUT e seus aliados marcaram manifestações no dia 13 de março, por todo o país, dizendo o contrário, conforme a convocação assinada pelas entidades mais representativas: “As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora”.

Essas medidas provisórias são recentes, pós-segundo turno eleitoral. Sintetizam a nova política econômica, comandada pela ministro Joaquim Levy.

O que Dilma considera “correções” configura, para os cutistas, “ataques a direitos”.

A presidente disse que “as medidas serão suportáveis”.

O documento da CUT, agremiação controlada por correligionários petistas de Dilma, contrapõe: “Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora”.

E, contra os “ajustes”, eufemismo para arrocho, sugere: “Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor (…)”.

O eixo do protesto, primeiro item da convocatória, são os “direitos da classe trabalhadora”.

Se Dilma estiver certa, estúpidos sairão às praças, pois não há do que reclamar.

Mas a presidente não tem apenas o que lamentar. Com a bandeira da democracia, os sindicalistas escreveram: “Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial os resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada”.

Isto é, são contra o golpe do impeachment.

A quem interessar:

clique aqui para ler o manifesto da CUT;

–  e aqui para assistir ao pronunciamento da presidente na TV.

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Comício da Central e Marcha da Família: por que 2015 é diferente de 1964
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Mário Magalhães

Tempo, tempo, tempo…

 

Duas manifestações anunciadas para os próximos dias estimulam a tentação de considerar excessivamente parecidos o cenário político atual e o de 51 anos atrás.

Trata-se de ilusão de ótica.

Os protestos convocados pela CUT e por movimentos sociais para a sexta-feira 13 de março equivaleriam ao Comício da Central do Brasil, promovido também numa sexta-feira 13, em março de 1964.

E os atos pró-impeachment de Dilma Rousseff, marcados para o domingo 15 de março, seriam a reedição das Marchas da Família com Deus pela Liberdade, que em março de 1964 clamaram pelo “fora, João Goulart” e em abril celebraram a deposição do presidente constitucional.

Comício da Central

Afora a data agourenta, a mobilização cutista nada ou pouco se assemelha ao Comício da Central.

Há meio século, a estrela da tarde-noite carioca, com público chutado de “dezenas de milhares” a “pelo menos 200 mil”, foi o presidente Jango. Na próxima sexta, os manifestantes defenderão a legalidade, mas da sua plataforma consta a oposição ao cerne do segundo mandato dilmista, que é o arrocho aplicado em larga escala. Por isso, talvez nem o ex-presidente Lula compareça.

Às vésperas do golpe, Goulart divulgou diante do prédio da estação ferroviária e do QG do Exército medidas francamente de esquerda, como o controle do aumento dos aluguéis e o início da reforma agrária, assim como propôs direito de voto aos analfabetos e liberdade de organização partidária.

Agora, a presidente da República toca uma administração cujo verniz esquerdista não ofusca a gestão semelhante à que seu adversário de segundo turno, Aécio Neves, afirmou que faria.

Em síntese: em comparação com o governo Dilma Reloaded, o latifundiário João Goulart figurava em março de 1964 como um revolucionário bolchevique.

Marcha da Família

A agitação pró-impeachment de 2015 não integra, ao menos por ora, os amplos segmentos que apearam o cavaleiro Jango do poder.

Em 1964, a Igreja foi protagonista na peroração golpista, em especial conclamando fiéis a aderirem às marchas cujas aglomerações juntaram centenas de milhares de pessoas. Hoje os católicos são menos influentes e as lideranças das religiões mais numerosas, incluindo a guiada pelo papa Francisco, estão distantes de aventuras como a bênção para a ruptura da Constituição.

No século 20, as marchas constituíram coro de vivandeiras, apelando às Forças Armadas pela intervenção. No 21, só grupelhos ultrarradicais pregam pelo golpe militar, e até em passeatas pelo impeachment são rechaçados. Sem contar que se desconhece entre a alta hierarquia militar propósito de ação antidemocrática e à margem da lei.

Existe, contudo, um indisfarçável parentesco entre hoje e ontem: a disposição de afastar governantes ungidos pelo voto, fulminando a soberania da decisão popular.

Jango havia sido eleito vice-presidente em 1960, chegou ao Planalto em 1961, depois da renúncia de Jânio Quadros, e em janeiro de 1963 um plebiscito restituiu-lhe poderes plenos, com o regresso do regime presidencialista.

Dilma foi reeleita pela maioria dos eleitores em outubro do ano passado.

Tanto as marchas de outrora quanto os atos contemporâneos a favor do impeachment desprezam a valor sagrado do sufrágio dos cidadãos. Noutras palavras, encarnam o golpismo.

Militar ou parlamentar, golpe de Estado é golpe de Estado.

Forças sociais

Se a classe média decidisse, sozinha, o destino do país, Dilma Rousseff nem seria presidente: teria perdido nas urnas, de lavada, para José Serra e Aécio Neves.

E o chavismo e o kirchnerismo já teriam ido desta para melhor _ou pior.

Para expulsar sem voto um presidente constitucional, é preciso mais do que gente bronzeada nas ruas.

Lá atrás, o mercado financeiro respaldou e financiou o golpe contra Jango. Por que os banqueiros topariam se livrar na marra de Dilma Rousseff, mergulhando o país na incerteza, se os anos petistas lhes proporcionaram lucros recordes?

O empresariado industrial e de serviços, a despeito da recessão iminente, passa melhor agora.

Em 1964, os grandes proprietários de terra pelejaram pela queda de 1º abril. Na década de 2010, o agronegócio estabelece números inéditos de produção e faturamento. E tem na cabeça do Ministério da Agricultura uma combativa represente sua, Kátia Abreu. Para que se livrar de Dilma?

E o capital estrangeiro? Jango havia imposto medidas restringindo a remessa para o exterior de lucros auferidos no Brasil. Cinco décadas mais tarde, empresas em crise lá fora equilibram suas contas com os fabulosos balancetes daqui. Sem barreiras notáveis ao fluxo de capital, até porque a economia é muito mais internacionalizada. Alguma dúvida? Confiram com bancos e companhias telefônicas de Portugal e Espanha.

As Forças Armadas executaram o golpe tramado por uma grande frente fardada e paisana. Duas eram as preocupações fundamentais dos generais: espectros da Guerra Fria e episódios de indisciplina nos quartéis. Em 2015, a Guerra Fria só sobrevive em miolos paranoicos, e o cotidiano na caserna, há 30 anos, exibe-se agitado como as ondas de uma laguna sem vento.

A conspiração anti-Jango teve participação ostensiva do Departamento de Estado. É provável que os Estados Unidos prefiram o PSDB no Planalto, mas não têm muito a reclamar de Dilma. Enquanto o confronto com governantes de Venezuela, Equador e Bolívia foi renhido na quadra recente, a tensão entre Washington e Brasília, no cotejo com a vizinhança, pareceu fichinha.

PMDB no Planalto

Não existe golpe sem interesses gravemente contrariados. É claro que banqueiros, latifundiários, multinacionais, almirantes e a Casa Branca torcem por outros contra Dilma. Mas não aparentam considerar que seus interesses tenham sido gravemente contrariados.

Outra diferença histórica é que em março de 1964 Goulart tinha sólida popularidade entre os mais pobres, como atestou pesquisa Ibope feita (e escondida) à época, porém suas iniciativas não haviam resultado em melhoria das condições de vida dos trabalhadores.

Passou o tempo, e dezenas de milhões de brasileiros ascenderam, mesmo que modestamente, com Lula e Dilma. Enquanto a crise econômica em curso não corroer as conquistas _já começou a corroer_, o governo contará com base social de apoio mais disposta que a de Jango para, se necessário, batalhar pela legalidade.

No momento, o povão não está com o impeachment, assim como não esteve com o golpe em 1964.

A pequena burguesia parece estar, como esteve no passado.

Sozinhos, o bairro paulistano de Higienópolis, a zona sul do Rio e suas versões Brasil afora não derrubam presidente.

Mas podem ser importantes no cenário que parece o mais perigoso para Dilma: eventual disposição do PMDB em entregar a Presidência ao vice Michel Temer.

Para quem não se deu conta, é isso mesmo: em caso de impeachment, assume, enfim sem intermediários, o PMDB.

Eis duas semelhanças entre as eras: Jango era minoritário no Congresso; Dilma, a julgar pelo comportamento da agremiação de Renan Calheiros e Eduardo Cunha, também é. E os meios de comunicação eram e são majoritariamente opositores.

E outro contraste: com seu PTB rachado, Goulart não tinha um partido capaz de botar o bloco na rua. Mesmo enfraquecido pelo mensalão e a roubalheira na Petrobras, e com broncas internas sobre o segundo governo Dilma, o PT em tese se jogaria na defesa do mandato da petista.

Paralelos

A tentação de comparar o dantes com o depois gera enganos involuntários, mas também se presta a interesses conscientes.

Para os partidários do impeachment, ajuda a evocar jornadas em que multidões nas praças serviram de álibi ao afastamento de um presidente chamado de corrupto _acusação jamais provada. Para os golpistas, deu certo uma vez. Poderia dar novamente?

Para os correligionários de Dilma Rousseff, a ideia de situações iguais em 2015 e 1964 contribui para aglutinar em torno da presidente constitucional, minimizando as resistências de seus apoiadores à política econômica entregue a um ministro, Joaquim Levy, que poderia também ter sido o escolhido de Aécio Neves.

A principal diferença

Espero que a opinião reflita mais a realidade do que mera vontade minha: quando Jango caiu, a convicção democrática no Brasil era muito menor do que é hoje.

Em todos os flancos políticos, a destituição de governantes eleitos pelo povo e sem envolvimento em crimes não era interpretada necessariamente como o que de fato é, atentado à democracia.

Quando digo todos os flancos, são todos, ao menos os mais parrudos, da direita à esquerda, como narrei e documentei em pormenores na biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras).

O desprezo pela democracia era muito maior, embora ainda hoje se exprima, como temos testemunhado.

A sua expressão mais inescrupulosa é aquela que, brandindo determinado critério para alardear o impeachment, aplica-o em alguns casos, mas o nega em outros.

Exemplos:

1) defender o impeachment de Dilma Rousseff porque a presidente governa fazendo o contrário do que prometeu, mas não o do governador Geraldo Alckmin, que prometeu água e em seguida a sonegou, ou do governador Beto Richa, que informou com inverdades o que era a situação do Paraná;

2) ou defender o impeachment de Alckmin e Richa, por terem terem faltado com a verdade, e não o de Dilma, que faz o que disse que não faria, e assim também faltou com a verdade.

Variante: uns sabiam de corrupção, ora pois; outros, só mentecapto ignora, não sabiam.

Por enquanto _repito: por enquanto_, a sugestão do impeachment ainda não vai muito além de próceres da Opus Dei e da pequena burguesia revoltada.

Prognóstico de público

É possível arriscar:

1) as manifestações da CUT na sexta-feira, somadas, reunirão menos gente do que o Comício da Central do Brasil;

2) os protestos pró-impeachment dali a dois dias, somados, reunirão menos gente do que o conjunto das Marchas da Família;

3) os protestos pró-impeachment reunirão mais gente do que os da CUT.

São essas as impressões no começo da tarde de 6 de março de 2015, mas nuvens só congelam em quadros de pintores.

As próximas eleições presidenciais estão previstas para 2018.

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Se chantagem de Renan é proporcional a eventual culpa, a culpa é grande
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Mário Magalhães

O presidente do Senado, Renan Calheiros – Foto Valter Campanato/Agência Brasil

 

Talvez um egresso da Socila, a velha escola de bons modos, preferisse outra palavra, mas é disso mesmo que se trata: chantagem.

Chantagem política, e não o eufemismo pressões políticas, é o que parece mover o presidente do Senado ao impor uma série de derrotas e dificuldades à presidente da República.

O noticiário publica que Renan Calheiros acha que Dilma Rousseff e seus prepostos articularam a inclusão do peemedebista na lista de políticos a serem investigados na operação Lava Jato.

Ou que não se esforçaram para impedir que o procurador-geral da República acrescentasse seu nome à relação encaminhada ao STF.

Renan quer apoio da oficialmente aliada Dilma.

Careço de informações sobre as delações premiadas e as provas colhidas para saber se Renan participou de falcatruas ou se há ao menos indícios confiáveis apontando nessa direção.

Mas, em caso de eventual culpa, e se ela for proporcional à chantagem em curso, a culpa seria grande, muito grande.

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Fim do Brasileiro por pontos corridos provaria fracasso do darwinismo aqui
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Mário Magalhães

O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1812)

 

A cartolagem conspira pelo fim do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, com o regresso da fórmula em que a fase decisiva ocorre em mata-mata.

O retrato de tal cartolagem é um dos mais empenhados articuladores da mudança, Eurico Miranda, de novo o capo do Vasco.

Não me estenderei sobre o mérito da proposta, que configuraria regressão histórica.

Apenas registro que os países em que o futebol hoje é mais avançado em todos os aspectos mantêm duas competições nacionais principais: o campeonato/liga, em pontos corridos, e uma copa, no mata-mata.

Como há anos passou a acontecer aqui, com o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Em vez de acompanharmos a aprimorarmos o que deu certo, talvez nos distanciemos ainda mais dos modelos bem-sucedidos.

Charles Darwin falava em seleção natural da espécie.

Entre os cartolas nacionais, a seleção natural é da pior espécie.

Difícil evoluir, fácil involuir.

E depois não sabem por que ocorrem os 7 a 1.

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Ao excluir Dilma de lista, Janot enfraquece movimento pró-impeachment
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Mário Magalhães

Passeata pró-impeachment em São Paulo – Foto Eduardo Anizelli/Folhapress

Passeata pró-impeachment em São Paulo – Foto Eduardo Anizelli/Folhapress

 

Uma das maneiras de aquilatar a relevância de uma notícia é imaginar como seria caso ocorresse o contrário.

Por exemplo, se o procurador-geral da República tivesse recomendado a abertura de inquérito para apurar eventuais responsabilidades de Dilma Rousseff na roubalheira da Petrobras.

Como se sabe, Rodrigo Janot concluiu o contrário, que inexistem indícios que justifiquem investigação sobre a presidente da República no âmbito da operação Lava Jato, assim como se negou a sugerir ao Supremo Tribunal Federal inquérito sobre o senador Aécio Neves.

Dilma e Aécio não estão incluídos na lista encaminhada pelo procurador ao STF solicitando que políticos sejam investigados.

Uma das maiores esperanças dos movimentos pró-impeachment da presidente constitucional era que Janot a associasse à bandalheira.

Se assim tivesse feito, poderia haver crise institucional e radicalização ainda maior do ambiente político.

Reforçaria os argumentos de quem propõe o afastamento da presidente eleita pela maioria dos brasileiros em outubro: ela tem de sair porque participou de corrupção na Petrobras, proclamam.

Foi exatamente o contrário o que ocorreu: de posse do conjunto de delações premiadas, o procurador sustenta que Dilma nada tem a ver com as maracutaias na empresa de petróleo.

A campanha pró-impeachment terá de se contentar com opiniões que fundamentam a defesa do “fora, Dilma” sem vinculá-la a ações propositais, com dolo, no lamaçal da Petrobras. Difícil, por mais que a Opus Dei esperneie.

Não suponho que a convicção de Janot vá fazer com que uma só pessoa disposta a comparecer aos protestos pró-impeachment, em 15 de março, mude de ideia. Tais opositores eram contra Dilma antes da eleição e continuam sendo agora.

Mas quem abraça a legalidade sabe que o procurador-geral fulminou o álibi constitucional _um possível crime de responsabilidade_ para derrubar a presidente. O movimento pró-impeachment se enfraquece com o  revés.

Nada que impeça, reitero, que os atos do dia 15 reúnam milhares de manifestantes.

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#RIP Vital
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Mário Magalhães

 

Quem viveu aquele tempo, os subestimados anos 1980, cantou “Vital e sua moto”.

E muita gente, também um monte de crianças que descobrem a música, continua cantando.

Primeiro baterista dos Paralamas do Sucesso e inspirador da composição de Herbert Vianna, Vital Dias morreu ontem, de câncer, aos 55 anos.

Para sempre ficam os versos: “Vital passou a se sentir total/ Com seu sonho de metal”.

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