Blog do Mario Magalhaes

Uma história real sobre as milícias do Rio: ‘Pra quem devo acender a vela?’

Mário Magalhães

tropadeelite2 01 [Crítica] Tropa de Elite 2 O Inimigo Agora É Outro

O filme sobre as milícias é ficção, mas é tudo verdade

 

Para não dar muito mole ao azar, digamos que o episódio tenha ocorrido na zona norte ou na zona oeste do Rio _área muita, milícias demais.

O cidadão responsável por coordenar dezenas de peões recebeu a visita de um representante de milícia cobrando propina em troca de ''segurança''.

Milícias, como se sabe, são organizações paramilitares repletas de PMs e enfurnadas no aparato estatal que chantageiam moradores e trabalhadores em troca de não intimidar, agredir, expulsar das casas, torturar, matar e sumir com os corpos.

Em seguida, apareceu um segundo representante.

Quando surgiu o terceiro, o cidadão reagiu: ''Afinal, pra quem devo acender a vela?''.

Quando os milicianos definiram um interlocutor único, o cidadão informou-os que a resposta seria dada por um superior _não sei qual foi a decisão, não perguntei, mas desconfio.

No bairro controlado por essa milícia, as quentinhas servidas a operários têm de ser de determinada empresa. O bando leva 1 real por unidade. Se alguém se recusar a encomendar do fornecedor indicado, tudo pode acontecer. Tudo mesmo.

O cidadão comentou: ''Aquilo que 'Tropa de elite 2' mostrou não é ficção, é verdade''.

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