Joaquim Levy ficaria mais à vontade no protesto do dia 13 ou no do dia 15?
Mário Magalhães
Responder é uma tentação, mas reconheço que não sei.
O eixo do protesto do dia 13, noutras palavras amanhã, sexta-feira, é a condenação da política econômica do governo, conduzida pelo ministro Joaquim Levy.
Portanto, o titular da Fazenda não ficaria à vontade entre os manifestantes da CUT, do MST e outras entidades.
No dia 15, domingo, a manifestação é contra Dilma Rousseff, mais propriamente, como se vê na internet, pelo impeachment da presidente reeleita em outubro.
Logo, seu ministro mais poderoso também não teria motivos para se sentir bem.
Ocorre que a agenda na economia que move parcela expressiva do pessoal pró-impeachment é a defendida por Aécio Neves na campanha de 2014 e aplicada hoje por Joaquim Levy. Nesse aspecto, o ministro estaria entre os seus.
Ok, ele não vai às ruas nem sexta, nem domingo.
Mas quando ele seria mais bem recebido?
Tudo bem, arrisco uma aposta: se o nome Joaquim Levy for pronunciado ao microfone, as vaias no dia 13 serão mais sonoras que no dia 15.