Se chantagem de Renan é proporcional a eventual culpa, a culpa é grande
Mário Magalhães
Talvez um egresso da Socila, a velha escola de bons modos, preferisse outra palavra, mas é disso mesmo que se trata: chantagem.
Chantagem política, e não o eufemismo pressões políticas, é o que parece mover o presidente do Senado ao impor uma série de derrotas e dificuldades à presidente da República.
O noticiário publica que Renan Calheiros acha que Dilma Rousseff e seus prepostos articularam a inclusão do peemedebista na lista de políticos a serem investigados na operação Lava Jato.
Ou que não se esforçaram para impedir que o procurador-geral da República acrescentasse seu nome à relação encaminhada ao STF.
Renan quer apoio da oficialmente aliada Dilma.
Careço de informações sobre as delações premiadas e as provas colhidas para saber se Renan participou de falcatruas ou se há ao menos indícios confiáveis apontando nessa direção.
Mas, em caso de eventual culpa, e se ela for proporcional à chantagem em curso, a culpa seria grande, muito grande.