Governo do RJ atrasa pagamento de bolsas a cientistas e pesquisadores
Mário Magalhães
''A FAPERJ informa que, em razão de dificuldades do fluxo orçamentário do Tesouro Estadual, o pagamento de bolsas referentes ao mês de janeiro será realizado no próximo dia 24 de fevereiro.
A FAPERJ tem zelado para manter a pontualidade e regularidade no pagamento de seus bolsistas. Lamentamos o transtorno causado por esse atraso.''
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Os dois parágrafos acima constituem o comunicado enviado a bolsistas pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, a Faperj.
Como informa o site da fundação, a Faperj ''é a agência de fomento à ciência, à tecnologia e à inovação do Estado do Rio de Janeiro. Vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, a agência visa estimular atividades nas áreas científica e tecnológica e apoiar de maneira ampla projetos e programas de instituições acadêmicas e de pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro''.
As bolsas aos cientistas e pesquisadores, relativas a janeiro, deveriam ter sido pagas em 10 de fevereiro. Ficaram, como se lê, para o dia 24.
São prejudicados estudantes universitários, professores visitantes, professores pesquisadores, professores pós-doutorandos. Há bolsistas de pesquisa e docência, de iniciação científica. E mais.
Como muita gente sabe, costuma ser dura a vida dos pesquisadores acadêmicos no Brasil. Paixão muita pela transmissão e produção de conhecimento, dinheiro pouco no bolso.
Muitos cientistas tiveram que atrasar o pagamento de contas e outros compromissos. Pagarão multas e juros.
A atitude do governo Luiz Fernando Pezão, sufocando a Faperj, expressa prioridades: pelo visto, ensino e pesquisa não estão entre elas.