Chefões de Fla, Flu e Maracanã acham que futebol não é relevante no Brasil
Mário Magalhães
Se vale o escrito, como na tradição do bicho, a cartolagem de Flamengo e Fluminense e a concessionária que explora o Maracanã, sob controle do conglomerado Odebrecht, consideram que o futebol não é ''atividade'' ''grandiosa'' ou ''relevante para a sociedade'' brasileira.
Tal apreciação nonsense consta de manifesto divulgado no sábado, confrontando com méritos a absurda determinação da federação de futebol do Rio que impõe preços de ingressos que implicam vultosos prejuízos, aos clubes e à concessionária, em jogos do Campeonato Estadual no estádio maior.
Ter razão na batalha contra a turma daninha da federação não confere autoridade para pronunciar disparates.
Assim principia o ''Manifesto por um futebol carioca profissional'' (a imagem do alto reproduz o jornal ''O Globo''): ''Acreditamos no potencial do futebol brasileiro em se tornar uma atividade próspera, grandiosa e relevante para a sociedade e para a economia nacional''.
Ou seja, se é preciso ''se tornar'', ainda não é.
No caso da economia, é discutível _ o futebol mobiliza bilhões de reais em publicidade, material esportivo, turismo etc. Mas seu impacto econômico pode mesmo ser muito maior.
Em relação à ''sociedade'', pontificar que o futebol não é ''relevante'' significa perder a noção.
Não custa dar um desconto, pois o que não falta é pato novo no futebol entre os chefões de Fla, Flu e Maracanã.
A condição de neófito, contudo, deveria recomendar mais cuidado com o que se fala e escreve.