Anatomia do parasita: Maldição do substituto real perturba príncipe Andrew
Mário Magalhães
Por Steven Erlanger, do ''New York Times'', via ''Folha''.
''Parasita'' é por conta do blog.
( O blog está no Facebook e no Twitter )
*
Maldição do substituto real perturba príncipe Andrew
Steven Erlanger, do ''New York Times'', em Londres
Não é fácil ser o substituto, o segundo filho treinado para pouco mais que ficar por perto, esperando que seu irmão mais velho morra ou tenha filhos, que o suplantarão.
Conforme o príncipe Andrew, duque de York, envelheceu e ficou mais distante na linha de sucessão (aos 54 anos, hoje ele é o quinto na fila), ele enfrentou o problema do que fazer consigo mesmo -ser público, mas não proeminente- e nem sempre fez as melhores opções, como admitiu.
O príncipe Andrew está de volta ao noticiário com o ressurgimento de denúncias de que ele fez sexo com uma menor, feitas por um velho e rico amigo dele, Jeffrey E. Epstein, preso em 2008 por incitar uma menor à prostituição.
Em 2011, quando as acusações contra o príncipe Andrew vieram à tona, e novamente este mês, quando elas ressurgiram em um caso aberto em um tribunal da Flórida, o Palácio de Buckingham emitiu negações explícitas.
As afirmações da mulher, que segundo o palácio se chama Virginia Roberts, hoje com 30 anos, casada e com três filhos, foram divulgadas em 2011 pela imprensa britânica e pela revista ''Vanity Fair''.
A diferença agora parece ser uma acusação direta de Roberts, por meio de seus advogados, de que teve contato sexual com o príncipe Andrew e outras figuras públicas, como o advogado Alan Dershowitz, que também nega as acusações e disse que pretende mover uma ação para colocá-la sob juramento.
O furor sobre o príncipe Andrew levantou um problema conhecido, o de levar a vida como membro da família real sem uma função definida. ''Andrew viveu no submundo de Mayfair, que era um pouco decadente -quando você é um membro da realeza sem função, tende a cair nesse mundo'', disse o comentarista social Peter York.
Em editorial intitulado ''Reforma real'', o jornal britânico ''The Times'' sugeriu que a família real, enquanto instituição, se enxugue e mande seus filhos trabalharem. Fora desses papéis, ''eles representam mais um risco que um benefício para a família real''.