Anais da arbitragem: Messi leva garrafada e recebe amarelo de juiz surtado
Mário Magalhães
Abaixo, à direita, a garrafa cai depois de atingir Messi – Foto EFE
A estupidez humana desconhece fronteiras, e seria igualmente estúpido identificá-la somente em árbitros de futebol.
Mas que os cabras se esforçam para se superar em cretinice, como se esforçam.
Ontem foi a vez do espanhol David Fernández Borbalán, que apitou a vitória do Barcelona, fora de casa, sobre o Valencia.
O único gol saiu pouco depois dos 48 minutos do segundo tempo. Messi cruzou certeiro para Neymar, que cabeceou, para defesa parcial de Diego Alves. No rebote, Busquets decidiu.
Na celebração, Messi foi atingido na cabeça por uma garrafa d'água, arremessada por um torcedor mentecapto.
Machucado, demorou um pouco mais para voltar a seu campo, condição para o reinício de jogo.
Inacreditavelmente, recebeu cartão amarelo de Fernández Borbalán.
Noutras palavras, o craque covardemente agredido foi punido.
Se o juiz não tivesse visto o incidente, seria apenas uma falha.
Mas ele testemunhou o golpe e o descreveu na ata, na qual contou ter amarelado Messi por ''perder tempo''.
Acertado por uma garrafa plástica cheia d'água, o gênio argentino se preocupou em saber se sangrava, o que lhe custou a advertência.
O árbitro já errara ao anular gol legal de Suárez para o Barça _assinalou impedimento inexistente.
O Valencia merecia sorte melhor _ninguém atuou tão bem quanto o goleiro visitante, o chileno Bravo.
O clube anunciou que proibirá para sempre a entrada do agressor no estádio.
Os catalães vão recorrer para anular o cartão amarelo.
Em Madrid, também no domingo, a estupidez humana foi fatal: mataram um torcedor do Deportivo La Coruña numa briga entre torcidas organizadas do seu clube e do Atlético.