A elite botafoguense, e não a massa torcedora, é responsável pelos reveses
Mário Magalhães
Carlos Eduardo Pereira elegeu-se horas atrás presidente do Botafogo.
Em disputa contra outros três candidatos, colheu 442 votos do total de 1.224.
Rejeitado por todos, sai de cena o presidente Maurício Assumpção, de trágico desempenho.
Ele deixa o Botafogo na bica para cair para a segundona.
Pesquisa Datafolha de junho de 2014 constatou que dois em cada cem brasileiros com 16 anos ou mais torce para o alvinegro carioca _mesmo desempenho de Atlético-MG e Fluminense.
Levantamento do Ibope em agosto estimou em 3,4 milhões a nação botafoguense no país.
E votaram 1.224 pessoas na eleição para presidente.
Conforme os números do Ibope, cada votante representou 2.778 torcedores _sem mandato destes, claro.
São esses iluminados os responsáveis por consagrar dirigentes que têm levado o Botafogo aos perrengues recentes.
E não a massa torcedora, barrada das decisões restritas à elite do clube.
Não custa dizer que em tantas outras agremiações a banda também toca assim, embora seja difícil igualar colégio eleitoral tão diminuto.