Se confirmar Joaquim Levy, Dilma fará seus eleitores de bobos
Mário Magalhães
Nem o mais submisso bajulador da presidente Dilma Rousseff terá a ousadia de reinterpretar a mensagem que a candidata Dilma Rousseff difundiu em sua campanha à reeleição: o receituário do economista Armínio Fraga, o ex-futuro ministro de Aécio Neves na Fazenda, equivalia a retrocesso que castigaria os brasileiros mais pobres.
Se alguém duvida do que a petista pregou, pode rever a peça de campanha acima (basta clicar na imagem do alto ou aqui).
Pois agora, tudo indica, a presidente reeleita convidou para ocupar o Ministério da Fazenda ninguém menos do que Joaquim Levy, diretor do Bradesco.
O que Levy pensa da economia é o mesmo que Armínio pensa.
Ontem perguntei, no blog, em que Levy votou (post aqui).
É evidente que sufragou Aécio Neves.
As repórteres Andréia Sadi e Natuza Nery contam hoje que Joaquim Levy ''colaborou informalmente'' com o postulante tucano ao Planalto (''Na campanha, escolhido por Dilma fez propostas para grupo de Aécio Neves'').
''Levy é pupilo do Armínio e foi ouvido na campanha'', disse às jornalistas um aliado de Aécio.
A questão aqui abordada não é quem é melhor ou a quem servem Dilma e Aécio.
E sim que a presidente afirmou uma coisa na campanha e faz outra agora.
Assistam ao vídeo e vejam a virulência contra Armínio Fraga.
Para depois chamar um economista da turma de… Armínio.
Se confirmar Joaquim Levy, Dilma fará seus eleitores de bobos.