Caso Bethlem: Conselho de Ética e Decoro Parlamentar avacalha próprio nome
Mário Magalhães

Deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) – Foto Rafael Andrade/Folhapress
O noticiário sobre a decisão foi tão avarento que muita gente nem soube da nova de anteontem, de autoria do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
O deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) dissera anos atrás, em vídeo gravado sem seu conhecimento, que sua renda mensal era de aproximadamente R$ 100 mil.
Seus vencimentos líquidos em cargo público, porém, não alcançavam R$ 20 mil.
Para fechar a conta, ele embolsava por fora de R$ 65 mil a R$ 70 mil de um contrato entre uma ONG e a Prefeitura do Rio, cujo secretariado Bethlem integrava.
Uma empresa de lanches lhe dava um doce de R$ 15 mil.
Ele tinha conta bancária na Suíça, aparentemente não declarada ao Fisco.
Tudo isso foi revelado em julho pela revista ''Época'' (relembre do episódio clicando aqui).
Ninguém acusou o antigo secretário. Foi tudo dito por ele de viva voz.
Na opinião dos compar…, digo companheiros de Bethlem na Câmara, tudo bem: nesta terça-feira, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar recusou a abertura de processo relativo às falcatruas que o deputado descreveu.
Para ler o que aconteceu na terça-feira, eis o link.
Antes que perguntem se não errei, é isso mesmo: Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.