Blog do Mario Magalhaes

Congresso internacional homenageia Marighella nos 45 anos do assassinato

Mário Magalhães

Marighella, aos 24 anos, após três semanas de tortura em 1936 - Foto Arquivo Nacional

Marighella, aos 24 anos, após três semanas de tortura em 1936 – Foto Arquivo Nacional

 

Na véspera dos 45 anos do assassinato de Carlos Marighella (1911-1969), o congresso internacional ''Memória: Alicerce da Justiça de Transição e dos Direitos Humanos'' presta nesta segunda-feira (3 de novembro) uma homenagem ao guerrilheiro baiano.

O ato público em memória de Marighella começa às 18h no Tuca, teatro da PUC de São Paulo. Entre os numerosos participantes estarão Clara Charf, companheira do revolucionário morto em 4 de novembro de 1969; o advogado Carlos Augusto Marighella, ex-preso político e filho do guerrilheiro; e Iara Xavier Pereira, militante da Ação Libertadora Nacional, organização armada liderada por Marighella e Joaquim Câmara Ferreira. Será exibido o clipe ''Mil faces de um homem leal'', com os Racionais, dirigido por Daniel Grinspum.

O congresso e a homenagem a Marighella são promovidos pelo Ministério da Justiça e a Coalização Internacional de Sítios de Consciência.

A programação pode ser conferida clicando aqui.

Em 1968, a ditadura instaurada quatro anos antes declarou Marighella ''inimigo público número 1''.

Ele seria fuzilado numa tocaia da qual participaram ao menos 29 agentes da ditadura armados até os dentes.

Marighella estava sozinho e desarmado, como conto na biografia ''Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo'' (Companhia das Letras).

Isto é, não houve ''morte'' simplesmente, e sim assassinato, como a União já reconheceu em duas oportunidades.

(P.S.: a conjugação do verbo no título exige ''homenagea'', sem ''i'', segundo o ''Houaiss'', minha bíblia. Como fica horrível, mudei a grafia, acrescentando o ''i'', respaldado por outros dicionários.)

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