Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : novembro 2014

‘Coração Valente’ fraquejou diante dos derrotados de outubro
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Mário Magalhães

blog - adesivos dilma

Tapume na rua do Passeio, no Rio, manhã desta sexta-feira (28.nov)

 

Um mês e um dia depois de triunfar nas urnas, Dilma Rousseff confirmou nesta quinta-feira que Joaquim Levy _diretor do Bradesco, sócio de ideias de Armínio Fraga e conselheiro ad hoc do candidato Aécio Neves_ será o próximo ministro da Fazenda.

A presidente não se pronunciou de viva voz. Talvez temesse não ser reconhecida como a candidata com acento de esquerda que conquistou a reeleição.

Assim como os adesivos colados no tapume acima, fotografado hoje de manhã aqui no Rio, vão perdendo o viço e a identidade.

Não parece que a eleição foi ontem ou anteontem, mas que é mais velha do que as novelas reprisadas na TV.

Qualquer cidadão que não cultive o auto-engano ou professe a desonestidade intelectual sabe que a distância entre o discurso da petista na campanha deste ano e a entronização de Levy no Ministério mais importante se assemelha ao abismo entre o Barcelona do Pep Guardiola e o Botafogo do Maurício Assumpção.

Os louvaminheiros não contam, pois a adulação a Dilma estaria garantida fosse o escolhido o economista João Pedro Stédile, dirigente histórico do MST, ou o ex-ministro Pedro Malan, conselheiro do Itaú. É gente sempre disposta a aplaudir, vendendo os argumentos da véspera ao preço de Black Friday ou nem isso.

Portanto, abstenho-me de relembrar, uma vez mais, o que a concorrente Dilma disse sobre a banqueira da campanha de Marina Silva e o ex-futuro ministro da Fazenda de nomeação extemporânea por Aécio Neves.

Que os eleitores de Dilma que a sufragaram por recusar o arrocho mercadista foram feitos de bobos, inexiste dúvida.

A manifestação inaugural de Levy depois de anunciada a indicação antecipou que virá arrocho, embora, moço educado, ele jamais vá empregar tal termo inconveniente.

No entanto, talvez por não me livrar de uma credulidade cristã e às vezes me faltar o ceticismo de ateu aconselhável no jornalismo, prefiro pensar que não houve dolo.

Noutras palavras, que Dilma não fez de caso pensado. O quê? Prometer uma coisa antes do pleito e aplicar outra em seguida.

É seu direito convocar quem bem entender para o governo. É ilegítimo, contudo, declarar antes que rejeitará determinadas ideias e seus arautos e depois implementá-las sob a batuta dos desqualificados de antes.

O que houve a partir da noite de 26 de outubro foi uma pressão equivalente a essas ondas que a Maya Gabeira encara mundo afora.

Não da maioria dos eleitores, que optaram por Dilma e supuseram que no governo reloaded ela faria o que afirmara.

E sim dos vencidos, cujo destacamento de vanguarda foi formado pelos empresários do setor financeiro.

A banca alardeou o caos, e certo jornalismo rebimbou o cenário de iminente fim dos tempos.

Três dias depois do segundo turno, uma primeira página de jornal tinha 14  (isso mesmo: catorze!) chamadas contra o governo federal. Pareceu o regresso à quadra em que João Goulart era o alvo.

Em vez de formar um time na economia com as características da pregação de palanque, Dilma chamou um Armínio Fraga com menos verniz, mas com mais disposição ainda para sufocar os gastos públicos que, num país de desigualdade obscena, promovem um pouco mais de igualdade.

É necessário muito malabarismo retórico para ajustar Joaquim Levy à política que a presidente propagandeara.

Não foi ele quem cedeu, mas ela.

Os brasileiros mais ricos estão em festa com a boa nova.

Na noite de ontem, no “Jornal Nacional”, um dos mais contundentes críticos do governo Dilma exultava. Era Maílson da Nóbrega, o consultor de endinheirados que, na pele de ministro, comandava a economia quando a inflação bateu em 84% num só mês, março de 1990.

Maílson tem mesmo motivos para celebrar. Ele e seus pares perderam a eleição, mas emplacaram o ministro da Fazenda.

Dilma Rousseff, “Coração Valente” da campanha, fraquejou e prestigiou os derrotados de outubro.

Se supõe que eles se darão por satisfeitos, está enganada: a presidente vitaminou suas pretensões.

O apitou mal trilou. Há muito jogo pela frente. E Kátia Abreu se prepara para entrar no campo…

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Rio: Eduardo Campos Lima lança o livro ‘Coisas de jornal no teatro’
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Mário Magalhães

blog - livro coisas de jornal no teatro

 

Augusto Boal (1931-2009) foi um dos mais criativos pensadores, encenadores e autores do teatro nacional. É provável que seja o brasileiro mais conhecido e influente no teatro mundial, em virtude da disseminação do seu Teatro do Oprimido.

No DNA do Teatro do Oprimido está o “Teatro Jornal”, última peça dirigida por Boal no Teatro da Arena, na aurora da década de 1970, quando a ditadura cuspia labaredas.

O pesquisador Eduardo Campos Lima investigou a história dessa ousada e vigorosa montagem baseada em notícias veiculadas pela imprensa.

Seu livro “Coisas de jornal no teatro” (Expressão Popular) será lançado aqui no Rio no próximo sábado, na Biblioteca Parque Estadual, na avenida Presidente Vargas. A partir das 15h30.

Às 16h30, haverá palestra de um dos nossos grandes diretores teatrais, Aderbal Freire-Filho, também ator de responsa, como se vê na série “Dupla identidade”.

Abaixo, reproduzo a apresentação e a orelha do livro.

Até o sábado!

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*

O surgimento do Teatro do Oprimido e a última peça de Augusto Boal no Teatro de Arena

Livro conta a história do Teatro Jornal ou Jornal Vivo, forma teatral de encenação de notícias surgida na Revolução Russa, praticada nos EUA de Roosevelt e reinventada no Brasil em 1970, no Teatro de Arena de São Paulo, sob direção de Augusto Boal

 

Teatro Jornal: Primeira Edição, de 1970, foi a última peça dirigida pelo teatrólogo Augusto Boal no Teatro de Arena de São Paulo – e foi a primeira das experiências teatrais que ele agruparia, anos depois, entre as metodologias do Teatro do Oprimido.

A peça foi criada por um grupo de jovens artistas que ingressou no Teatro de Arena no fim da década de 1960. Com o Ato Institucional nº 5 (o AI-5), decretado em 13 de dezembro de 1968, a censura prévia praticamente impossibilitava que o teatro de oposição ao Regime Militar continuasse a denunciar a repressão política e a construir, em aliança com movimentos estudantis, uma frente cultural contra a Ditadura. Nesse quadro, Boal sugeriu aos jovens atores que buscassem estruturar uma peça inteiramente baseada em notícias de jornal já publicadas – e, portanto, liberadas pela censura.

Os seis atores – Edson Santana, Dulce Muniz, Hélio Muniz, Elísio Brandão, Celso Frateschi e Denise Del Vecchio – criaram por alguns meses diferentes cenas: algumas delas eram dramatizações puras de uma determinada notícia; outras expunham contrastes entre o que era noticiado e a realidade concreta da Ditadura Militar; outras cenas, ainda, mostravam o que as reportagens não podiam esclarecer. Tudo isso era feito com recursos teatrais variados, muitos deles relacionados ao teatro político europeu. Desde o fim dos anos 1950, o trabalho dos teatrólogos alemães Bertolt Brecht e Erwin Piscator tornava-se mais e mais conhecido no Brasil.

Ao voltar de uma turnê internacional com parte do elenco do Arena, Augusto Boal viu o que o coletivo havia criado e reconheceu a potência artística daquelas formas, decidindo sistematizá-las em nove técnicas de Teatro Jornal: Leitura Simples, Dramatização, Leitura com Ritmo, Ação Paralela, Reforço, Leitura Cruzada, Histórico, Entrevista de Campo e Concreção da Abstração. Teatro Jornal: Primeira Edição fazia uma exposição dessas técnicas, com o objetivo de estimular os espectadores a organizar seus próprios coletivos de Teatro Jornal e praticar essas e outras formas de encenação de notícias. Foi o que aconteceu: ao longo de pouco mais de um ano de trabalho, surgiram em diversas regiões do Brasil – e também na Argentina e no Uruguai – pelo menos 70 grupos de Teatro Jornal.

Pouco depois, com o endurecimento da repressão, Boal teve que partir para o exílio; o Teatro de Arena de São Paulo acabou sendo fechado em 1972. Mas o Teatro Jornal sobreviveu, sendo levado por Boal a diferentes países da América Latina e, pelos jovens atores que o criaram, às periferias de São Paulo – onde a metodologia ajudou a organizar a resistência à Ditadura Militar durante a década de 1970.

Essa é a história que narra o livro Coisas de Jornal no Teatro, do jornalista e pesquisador Eduardo Campos Lima. O estudo apresenta uma leitura detalhada de Teatro Jornal: Primeira Edição, embasada em pesquisa documental inédita e em depoimentos dos criadores colhidos pelo autor – todos eles incluídos integralmente no volume.

O livro aponta na Rússia revolucionária as origens do Teatro Jornal brasileiro. Naquela época, milhares de coletivos de artistas-militantes encenavam Jornais Vivos, forma teatral fundamentada na teatralização de notícias. O gênero rapidamente chegou aos Estados Unidos, onde, na década de 1930, foi incorporado pelo Projeto de Teatro Federal, iniciativa do governo de Franklin Roosevelt para empregar milhares de artistas de teatro desempregados, na época da Grande Depressão. Entre 1935 e 1939, os Jornais Vivos estadunidenses (ou Living Newspapers) levaram a teatros do país inteiro centenas de milhares de espectadores, abordando em cena assuntos como desemprego, problemas habitacionais, crise na produção de alimentos e geração de energia pelo Estado. O mais radical dos Living Newspapers era Injunction Granted (ou Liminar É Concedida), de 1936, que faz um apanhado histórico da perseguição aos sindicatos nos Estados Unidos pelo Poder Judiciário. O livro analisa a peça e inclui o depoimento de um de seus principais atores, Norman Lloyd – hoje com 100 anos de idade.

Augusto Boal estudou nos EUA, na década de 1950, e teve notícia dos Living Newspapers. Em 1962, com seu companheiro de atuação no Arena Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, ele concebeu uma revista semanal de notícias encenadas, mas o projeto não chegou a ser realizado. Apenas em 1970 ele poderia concretizar o plano – com o qual daria início à grande experiência do Teatro do Oprimido.

Coisas de Jornal no Teatro inclui fotos de Injunction Granted e imagens inéditas de Teatro Jornal: Primeira Edição, produzidas pelo fotógrafo e professor aposentado da USP Victor Knoll.

*

Fazer muito a partir de muito pouco: tarefa de pesquisador que alia ao faro detetivesco qualidades de analista crítico estudioso e arguto. Assim é Eduardo Campos Lima, que recupera as realizações do Teatro Jornal, do qual ficaram minguados registros, dadas as próprias características da modalidade, bem como as circunstâncias adversas em que apareceu.

O Teatro Jornal, iniciado no Teatro de Arena de São Paulo, sob direção de Augusto Boal, em 1970, dando origem a dezenas de grupos, que disseminaram a modalidade, é marco importantíssimo do teatro brasileiro de resistência à ditadura. Faltavam estudos sobre ele, vistas as dificuldades da empreitada. Finalmente alguém as superou, e nos oferece essa página do nosso teatro militante, reconhecível em seu alcance e em seus limites.

Indo além, o pesquisador nos revela outro objeto pouco estudado e conhecido no Brasil: o teatro de agitação e propaganda realizado nos Estados Unidos, na década de 1930. Refaz a história do Federal Theatre Project e analisa uma de suas peças. Conta Eduardo que não conseguiu a liberação do texto da peça para esta publicação. Não se perde muito. A análise é tão bem feita que reconstitui a peça em sua quase integridade.

Destaque-se que as duas experiências (do Federal Theatre e do Teatro de Arena) são devidamente consideradas nas relações com as circunstâncias em que se originam, como parte de um processo histórico do qual partem e no qual intervêm.

Eduardo Campos Lima nos fala da “sempre mal contada história do teatro de agitação e propaganda”. De fato, história que não tem tido a atenção merecida, e – pior – tem sido distorcida em nome de convenções e conveniências (teatrais ou não). Preenchendo a lacuna, este livro, além de dar relevo às duas experiências que são objeto de análise, retoma os marcos principais do teatro de agitprop.

Três linhas de informação que, habilmente tecidas, se abrem em contribuições valiosas para quantos se interessem por um teatro que ultrapassa limites das convenções e se afirma como meio de intervenção social.

Claudia de Arruda Campos


Na final da Copa do Brasil, o coração aperta: o que será do Fla em 2015?
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Mário Magalhães

Num joguinho que só para os mais tarados pela matemática valia alguma coisa, o Flamengo levou quase 30 mil torcedores ao Maracanã no domingo retrasado _eu estava lá.

Ganhou apertado do Coritiba, 3 a 2, e o estádio voltou a ouvir cânticos contra o Eurico Miranda, ressuscitado como capo do Vasco.

No domingo passado, o mais querido sentiu-se em casa no Castelão repleto de rubro-negros, em partida que nada significava para quem não cairá para a segundona nem pode mais sonhar com a Libertadores.

Casa cheia, em São Luís, para a pelada de 1 a 1 com o Criciúma.

A torcida do Flamengo se supera, com disposição infinda.

Foi nela em que eu pensei ontem, ao assistir pela TV à final da Copa do Brasil, triunfo acachapante do Atlético.

Agora Minas tem o campeão da Copa do Brasil, grande Galo, e o do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro te todos os méritos.

Enquanto os mineiros celebram, o Flamengo termina um ano marejado de mediocridade.

Para 2015, em vez de apostar alto, os cartolas do clube reiteram a ladainha de não fazer loucuras.

E quem quer loucura?

O que os torcedores do clube mais popular do país desejam é um time à altura das tradições.

A atual direção, além de ter contratado muita gente ruim, parece não entender que, quanto melhor for a equipe, maior será a receita, equilibrando as contas do clube.

Esse pessoal parece sugerir que, se for para lograr um ajuste financeiro bem-sucedido, talvez seja o caso de fechar o futebol do Flamengo.

Nem falo dos jogadores que começaram ontem no Mineirão: o banco do Atlético tinha Maicosuel e Pierre, que seriam titulares do Flamengo; o do Cruzeiro, Júlio Baptista e Dagoberto, idem.

E a cartolagem do Flamengo continua com a roda presa, sem entender que Flamengo é Flamengo.

Tomara que mude de ideia.

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Na campanha, Armínio x Mantega; agora, Dilma convoca ministro Armínio cover
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Mário Magalhães

Talvez nenhuma iniciativa tenha sido tão proveitosa, para conhecer a plataforma econômica dos candidatos a presidente, quanto o debate entre Guido Mantega e Armínio Fraga promovido por Míriam Leitão e a Globonews.

Cada economista defendeu o seu peixe. Mantega, pró-Dilma Rousseff, é ministro da Fazenda desde os tempos da administração Lula. Armínio, veterano da era FHC, foi anunciado por Aécio Neves como futuro titular da pasta em caso de êxito eleitoral que acabou não ocorrendo.

Em suma, no programa da Míriam, Mantega representou a petista, e Armínio, o tucano.

Profissionais altamente qualificados, deixaram claríssimas as diferenças de projetos, ao menos os projetos propagandeados, entre Dilma e Aécio.

Vale a pena assistir, clicando na imagem do alto ou aqui.

O surpreendente é que, para a sua segunda gestão, a presidente não convocou para a Fazenda, informa o noticiário, um quadro afinado com o pensamento que a própria Dilma e Mantega alardearam na campanha, inclusive no debate do ministro com Armínio.

E sim um diretor do Bradesco, Joaquim Levy, que colaborou com a campanha de Aécio e é amigo de Armínio Fraga, com quem compartilha, no essencial, as mesmas concepções.

É absoluto direito de Dilma Rousseff considerar que a gestão econômica de seu governo está errada ou prejudicada por equívocos graves.

O que não é legítimo é candidato defender determinadas ideias no palanque e, eleito, aplicar justamente a receita que desqualificava antes.

Todo mundo tem direito de achar o que bem entender do governo Dilma, da pregação da dupla Armínio-Levy e do pênalti perdido pelo Alan Kardec horas atrás no Morumbi.

O que não é intelectualmente honesto é, em campanha, demonizar ideias e mais tarde aplicá-las, condenar os arautos dessas ideias e depois nomear um deles para o Ministério mais importante.

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A elite botafoguense, e não a massa torcedora, é responsável pelos reveses
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Mário Magalhães

Carlos Eduardo Pereira elegeu-se horas atrás presidente do Botafogo.

Em disputa contra outros três candidatos, colheu 442 votos do total de 1.224.

Rejeitado por todos, sai de cena o presidente Maurício Assumpção, de trágico desempenho.

Ele deixa o Botafogo na bica para cair para a segundona.

Pesquisa Datafolha de junho de 2014 constatou que dois em cada cem brasileiros com 16 anos ou mais torce para o alvinegro carioca _mesmo desempenho de Atlético-MG e Fluminense.

Levantamento do Ibope em agosto estimou em 3,4 milhões a nação botafoguense no país.

E votaram 1.224 pessoas na eleição para presidente.

Conforme os números do Ibope, cada votante representou 2.778 torcedores _sem mandato destes, claro.

São esses iluminados os responsáveis por consagrar dirigentes que têm levado o Botafogo aos perrengues recentes.

E não a massa torcedora, barrada das decisões restritas à elite do clube.

Não custa dizer que em tantas outras agremiações a banda também toca assim, embora seja difícil igualar colégio eleitoral tão diminuto.

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Messi, o recordista. No Museu do Barça, o melhor da história. Será?
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Mário Magalhães

blog - messi melhor do mundo

Foto feita pelo blog em janeiro de 2014 no museu do Barcelona, no Camp Nou

 

Messi tornou-se no fim de semana o maior goleador do campeonato espanhol em todos os tempos.

Nesta quarta-feira, com três gols nos 4 a 0 do Barcelona contra o tal de Apoel, passou a ser o artilheiro da Champions League desde sempre.

No museu do seu clube, no Camp Nou, o argentino é tratado como “o melhor jogador da história”.

Será?

Dos que eu vi, é mesmo, a despeito de não parecer ter mais forças para reviver seu auge, sob o comando de Guardiola.

Pelé não conta, pois só o assisti pela TV, e no seu ocaso.

E Zico é hors-concours.

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Se confirmar Joaquim Levy, Dilma fará seus eleitores de bobos
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Mário Magalhães

 

Nem o mais submisso bajulador da presidente Dilma Rousseff terá a ousadia de reinterpretar a mensagem que a candidata Dilma Rousseff difundiu em sua campanha à reeleição: o receituário do economista Armínio Fraga, o ex-futuro ministro de Aécio Neves na Fazenda, equivalia a retrocesso que castigaria os brasileiros mais pobres.

Se alguém duvida do que a petista pregou, pode rever a peça de campanha acima (basta clicar na imagem do alto ou aqui).

Pois agora, tudo indica, a presidente reeleita convidou para ocupar o Ministério da Fazenda ninguém menos do que Joaquim Levy, diretor do Bradesco.

O que Levy pensa da economia é o mesmo que Armínio pensa.

Ontem perguntei, no blog, em que Levy votou (post aqui).

É evidente que sufragou Aécio Neves.

As repórteres Andréia Sadi e Natuza Nery contam hoje que Joaquim Levy “colaborou informalmente” com o postulante tucano ao Planalto (“Na campanha, escolhido por Dilma fez propostas para grupo de Aécio Neves”).

“Levy é pupilo do Armínio e foi ouvido na campanha”, disse às jornalistas um aliado de Aécio.

A questão aqui abordada não é quem é melhor ou a quem servem Dilma e Aécio.

E sim que a presidente afirmou uma coisa na campanha e faz outra agora.

Assistam ao vídeo e vejam a virulência contra Armínio Fraga.

Para depois chamar um economista da turma de… Armínio.

Se confirmar Joaquim Levy, Dilma fará seus eleitores de bobos.

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