Rico vota em Aécio, e pobre em Dilma (calma, gente: quem diz é o Datafolha)
Mário Magalhães
Rico vota em Aécio, pobre vota em Dilma.
Calma, pessoal: não se trata de uma palavra de ordem, mas de constatação do Datafolha, como mostra o gráfico acima, publicado na ''Folha''.
Os números da pesquisa divulgada ontem dão verniz científico ao que se vê nas ruas _quanto mais bacana o carrão, maior é a chance de carregar o adesivo de um candidato, e não de uma candidata.
O Datafolha identificou a ''pirâmide social do voto, em porcentagem das intenções de votos válidos, distribuídos segundo a classe social''.
Como foram determinadas as classes? Cruzando ''informações sobre escolaridade, renda e bens de consumo duráveis, como TV e geladeira. Votos brancos, nulos e indecisos não foram considerados''.
Eis o peso das cinco ''classes'' no eleitorado: alta 7%, média alta 24%, média intermediária 31%, média baixa 14% e excluídos 25% (os arredondamentos fazem com que a soma dê 101%).
Descobriu-se que, de cada três entrevistados de classe ''alta'', no topo da escala, dois votam no tucano.
De cada três ''excluídos'', no pé, dois preferem a petista.
Para o bem e para o mal, era este o retrato do Brasil ontem.