‘JN’ mostra Richard Nixon renunciando; em seguida, Nixon brilha no Maracanã
Mário Magalhães
Nos entroncamentos delirantes da história, desses que parecem efeitos de ácido até para quem nunca provou um, deu-se uma coincidência na noite desta quarta-feira.
O ''Jornal Nacional'' mostrou Richard Nixon (1913-1994) anunciando a renúncia à Casa Branca. A velha cena foi exibida na reportagem sobre a morte do jornalista Ben Bradlee (1921-2014), que comandava a redação do ''Washington Post'' quando o diário norte-americano investigou e revelou as armações que levaram à queda do presidente.
O republicano renunciou em 1974.
Quarenta anos mais tarde, e minutos depois do boa noite no ''JN'', um atacante do Flamengo fez jogada espetacular pela ponta esquerda que resultou em gol de Gabriel: 1 a 0 para o Flamengo contra o Inter, no Maracanã. O novo Gabigol anotaria outro, fechando o placar.
O nome do atacante: Nixon.
Mais precisamente, prenome.
Por inteiro, Nixon Darlanio Reis Cardoso.
Baiano de Juazeiro, nascido em 1992.
O nome do pai dele? Nixon, também.
Ignoro que motivações adubaram a safra nixoniana nacional.
No comecinho da década de 1960, Richard Nixon enfrentou John Kennedy (1917-1963) na eleição presidencial dos EUA. O democrata levou, e foi morto num atentado durante o mandato.
Em 2013 houve um Fla-Flu no qual Nixon defendeu o rubro-negro e o garoto Kennedy, o tricolor. Este foi batizado em homenagem a um irmão de John.
No clássico do ano passado, o time de Nixon levou a melhor sobre o de Kennedy, 3 a 2.
Estripulias da história.