Blog do Mario Magalhaes

Levy Fidelix não passa de bode na sala da eleição

Mário Magalhães

São bem-vindas as reações às declarações preconceituosas do estrupício Levy Fidelix.

Preconceito é grave, mas no caso seria o de menos. O pronunciamento homofóbico do candidato a presidente pelo PRTB, no debate da TV Record, estimula a intolerância e inflama o ódio.

Mas quem é o tipo caricatural, sessentão de bigodão e parcos cabelos mais negros que piche na praia?

Politicamente, um zé-ninguém.

O que ele prega não mobiliza mais que meia dúzia, e olhe lá.

A indignação diante dos seus desvarios é saudável, reitero, mas sem querer ajuda a ocultar comportamentos que podem influenciar muito mais a vida dos cidadãos.

Dilma Rousseff é a presidente que recuou no ensino anti-homofobia, acatando pressões medievais contra o dito ''kit gay'' nas escolas.

Bastou um tuíte do pastor Silas Malafaia para Marina Silva mudar seu programa sobre casamento igualitário.

E Aécio Neves… Bem, o que Aécio Neves diz sobre o tema?

Em suma: os três principais candidatos ao Planalto jogam na retranca em relação à homofobia.

Mas agora só se fala em Levy Fidelix.

Quando o bode sair, a sala vai continuar como estava antes, mas muitas almas civilizadas, ingenuamente, sentirão conforto.

É como escutar o Pastor Everaldo ensandecido contra o direito ao aborto: muita gente esquece que Dilma, Marina e Aécio também se opõem.

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