Blog do Mario Magalhaes

‘A paciente 9413’, por Roger Cohen

Mário Magalhães

Uma grande história, história de vida de Roger Cohen, publicada originalmente no ''New York Times'' e traduzida pelo ''Globo'':

( O blog está no Facebook e no Twitter )

*

A paciente 9413

Por Roger Cohen

Minha mãe era uma mulher oca como uma árvore atingida por um raio. Queria saber o motivo.

Desde sua primeira tentativa de suicídio, em 1978, quando eu tinha 22 anos, venho tentando preencher as lacunas. Ela esteve fora durante a maior parte de minha infância e, quando voltou, ninguém falava sobre o período de sua ausência.

Soube muito mais tarde que ela passou a sofrer de depressão aguda depois do nascimento de minha irmã mais nova, em 1957. Ela esteve em hospitais e sanatórios levando injeções de insulina — um tratamento em voga para doenças mentais graves — e choques elétricos. Os espasmos, convulsões e comas deveriam tirá-la de sua “psicose puerperal”, o termo então usado na Inglaterra para depressão pós-parto.

Em 1958, minha mãe deu entrada no Sanatório Holloway, a enorme fantasia gótica vitoriana de um magnata do século XIX, Thomas Holloway, que fez fortuna vendendo misturas medicinais duvidosas. O sanatório, aberto em 1855, era um conjunto de edifícios de tijolos vermelhos, encimados por uma torre de quase cinco metros de altura que se projetava no ar úmido do Surrey.

Para ler a íntegra da coluna, basta clicar aqui.