Na TV, Romário omite nome de Marina e retira menção ao PSB
Mário Magalhães
Pela primeira vez em três programas da propaganda eleitoral, o deputado federal Romário, candidato a senador pelo PSB do Rio, omitiu sua filiação partidária. Nas duas primeiras inserções, a sigla havia aparecido na tela. Na noite desta segunda-feira, não foi vista. O ex-jogador passou a divulgar somente seu número na urna, 400 (para assistir, basta clicar na imagem acima ou aqui).
Nem mesmo a ascensão de Marina Silva na campanha motivou Romário a mencionar a candidata presidencial do seu partido. O primeiro tempo oficial da TV havia sido dedicado integralmente a homenagear a memória de Eduardo Campos, com a exibição de fotografias dos companheiros postulantes ao Planalto e ao Senado.
Na noite de ontem, também sumiu a referência à coligação Frente Popular (PT-PV-PSB-PC do B), a de Romário. As quatro agremiações se dividem entre três concorrentes à Presidência: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Eduardo Jorge (PV).
Mas o acordo no Estado jamais impediu Romário de promover atividades de campanha só com o correligionário Eduardo Campos (1965-2014) ou de, postumamente, reverenciá-lo na TV. Mesmo atenuando a virulência da pregação anterior, os discursos do deputado permanecem muito críticos ao governo federal (disse que ''só louco, com camisa de força'', subiria ao palanque de Dilma). No site de campanha, continua citada a chapa Eduardo-Marina.
É possível que o sumiço do PSB no horário dito gratuito seja motivado pelo interesse de preservar Romário do desgaste dos partidos. Mas é difícil imaginar que, caso se constate uma onda pró-Marina, Romário insista em não se associar à ex-senadora.
Na TV, ele também cala sobre Lindberg Farias (PT), o candidato de sua coligação ao governo do Estado.
Nas pesquisas mais recentes, Romário lidera, com Cesar Maia (DEM) em segundo.
O frentão de Cesar reúne partidos que apoiam diversos candidatos a presidente, mas na TV ele só aparece com Aécio Neves (PSDB).