Blog do Mario Magalhaes

Garotinho quase duplica intenção de voto espontânea, mas rejeição se mantém

Mário Magalhães

 

Com a retumbante queda de seis pontos (24% para 18%) do candidato Marcelo Crivella (PRB), deixando Anthony Garotinho (PR) líder isolado (25%) na corrida pelo governo do Estado do Rio, a pesquisa Datafolha de agosto teve dois aspectos minimizados em relação ao levantamento de julho.

O primeiro foi o vigoroso avanço de Garotinho na intenção espontânea de voto, aquela em que o entrevistador não cita ao entrevistado o nome de candidatos. O ex-governador pulou de 7% para 12%, além da margem de erro de três pontos percentuais. Subiu 71% em um mês.

É muito provável que o desempenho de Garotinho na cobertura eleitoral da TV Globo tenha sido decisivo. Com domínio do meio, o deputado federal trata de um só assunto, busca um cenário associado ao tema, faz um diagnóstico crítico, relembra programas sociais de sua administração e propõe soluções (ou divulga promessas). Tudo em pouco tempo.

Em voto espontâneo, Luiz Fernando Pezão (PMDB) permaneceu com 8%, Crivella oscilou de 4% para 5% e Lindberg Farias (PT) seguiu com 2%.

O segundo aspecto minimizado na pesquisa é que mesmo tendo crescido na intenção de voto espontânea e oscilado para cima nas respostas estimuladas (24% para 25%), quando a lista de postulantes é informada, Garotinho manteve a enorme rejeição. Os entrevistados que disseram que não votariam nele ''de jeito nenhum'' no primeiro turno passaram de 39% para 40%.

O problema é tamanho para Garotinho que Crivella, batido por 25% a 18% no levantamento estimulado, venceria hoje Garotinho em eventual segundo turno: 44% a 32%.

Outra informação relevante do Datafolha é a resposta à pergunta sobre ''a área de pior desempenho do governo do Estado do Rio de Janeiro''. Disparado, o item ''saúde/hospitais'' liderou com 53%. Os adversários do governador-candidato Pezão vão explorar esse tema na propaganda eleitoral da TV.

No geral, diante do cartão com todos os candidatos, o resultado do Datafolha é o que aparece na ilustração lá no alto, reprodução da ''Folha''.

A tendência continua a mesma no Rio de Janeiro: deve haver segundo turno, Pezão deve ser um dos contendores, e Garotinho, Crivella e Lindberg devem definir a segunda vaga.

É cedo para prever algum impacto da candidatura presidencial da evangélica (como Garotinho e Crivella) Marina Silva (PSB) na disputa pelo Palácio Guanabara.

Para ler a íntegra do relatório do Datafolha, basta clicar aqui.

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