Operação contra máfia dos ingressos merecia se chamar ‘Chute no Traseiro’
Mário Magalhães
Assino embaixo da sugestão que o @Nabuco me mandou pelo Twitter: ''A Polícia Civil podia ter nomeado essa operação como 'Chute no Traseiro'''.
Ele se referia, é claro, à Operação Jules Rimet, iniciativa da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra a máfia de venda ilegal de ingressos da Copa.
Entre os suspeitos investigados está o inglês Raymond Whelan, contra quem há ordem judicial de prisão _imagens mostram que ontem ele escapou dos policiais por uma porta lateral do Copacabana Palace, hotel onde está hospedado.
Em alegadas tratativas criminosas com cambistas, o foragido Whelan agiu como alto executivo da Match, única empresa autorizada pela Fifa a vender ingressos para setores VIP nos estádios do Mundial.
Noutras palavras, empresa vinculada à Fifa.
Por décadas, Jules Rimet (1873-1956) foi presidente da entidade manda-chuva do futebol. Deu nome à taça conquistada pelo Brasil, depois roubada e derretida.
Por que empregar seu nome?
Muito melhor seria mesmo ''Operação Chute no Traseiro''.
Para quem desembarcou hoje na Terra, não custa lembrar: em março de 2012, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, criticando agressivamente a organização da Copa, disse que o Brasil merecia um ''chute no traseiro''.
Pois o inglês Whelan é associado à Fifa, e não ao Brasil.
O Mundial é um sucesso.
Quem faz mesmo jus a um pontapé na bunda?