A maior brochada da Copa
Mário Magalhães
Se futebol é prazer, esta Copa tão prazerosa acaba de viver o seu anticlímax.
A maior brochada ocorreu com a vitória da Holanda sobre a Costa Rica, nos pênaltis, pela última partida das quartas-de-final.
Deu tânatos, e não eros.
Não que os holandeses não tenham merecido, com suas três bolas na trave e tantas outras paradas pelo esplêndido goleiro Navas.
Mas Davi merecia mais uma, contra Golias.
Os costa-riquenhos, azarões do grupo da morte, haviam jantado uruguaios, italianos e ingleses.
Nas oitavas, com um jogador a menos, sobreviveram até as penalidades, quando sobrepujaram os gregos.
Hoje tiveram um pênalti não assinalado na primeira etapa da prorrogação.
Depois do intervalo do tempo extra, mais no finzinho, Ureña perdeu cara a cara com o holandês Cilessen.
O êxtase esteve perto, mas o treinador Louis van Gaal substituiu o goleiro para a série de penais.
Krul acertou o canto cinco vezes e defendeu duas cobranças.
A comissão técnica da Holanda fez a lição de casa: sabia onde havia mais possibilidades de os centro-americanos chutarem.
Dos quatro semifinalistas, a seleção holandesa teve o desempenho menos competitivo nas oitavas.
O que isso significa daqui em diante? Nada.
Foi de arrepiar, a Costa Rica seria uma das maiores surpresas nas semifinais em todas as Copas.
Com a bola rolando, e o 0 a 0 na Fonte Nova, a equipe manteve-se invicta na competição.
Foi quase.
Mas ficou no quase.
Futebol é prazer.
Logo, logo o anticlímax se transformará novamente em gozo.