Blog do Mario Magalhaes

Exuberantes versus pragmáticos

Mário Magalhães

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Goleada da Alemanha sobre a Argélia?

Qual nada!

No jogão, jogaço, jogaço-aço-aço recém-encerrado no Beira-Rio, os argelinos poderiam ter vencido, mas sucumbiram por 2 a 1, gols de Schürrle, Özil e Djabou, os três na prorrogação.

A equipe do técnico Joachim Löw não chega a ser uma propaganda enganosa, pois permanece forte candidata a levar a Copa.

Mas seus 4 a 0 contra Portugal na estreia deram a impressão de haver uma Alemáquina, que contudo enguiçou e não reeditou o desempenho espetacular.

A escalação de dois zagueiros como laterais, somando quatro zagueiros de origem, limita as opções ofensivas do time.

Pior ainda, constatou-se hoje, quando Özil está muito mal (o gol não o redime) e Müller não se cansa de desperdiçar chances (mas ele deu o passe para o tento de Schürrle).

A Alemanha é pragmática. Hoje parecia anestesiada, chegou a ser envolvida pela valente e comovente seleção argelina, mas, com rematado sentido prático, foi repetindo os movimentos, até conseguir melhorar e se impor pela qualidade técnica de muitos dos seus jogadores.

Se a Alemanha é pragmatismo, o futebol mais exuberante da Copa, até agora, foi o da França.

Como no começo da tarde, no Mané Garrincha, quando conseguiu dominar a Nigéria no segundo tempo, até vencer por 2 a 0.

O meio-campo com Cabaye, Pogba e Matuidi, mais recuados, e Valbuena, grudado nos dois atacantes, confunde diabolicamente os adversários.

Os franceses não ganharam seus quatro jogos (poupando titulares, empataram com o Equador), ao contrário de Colômbia e Holanda.

Mas em seus melhores momentos exibiram um jogo vistoso e eficiente, muito melhor do que esperavam até em seu país.

Alemanha e França têm tudo para fazer um tremendo mata-mata nas quartas-de-final.

Prognóstico?

Estou fora.