Exuberantes versus pragmáticos
Mário Magalhães
( O blog está no Facebook e no Twitter )
Goleada da Alemanha sobre a Argélia?
Qual nada!
No jogão, jogaço, jogaço-aço-aço recém-encerrado no Beira-Rio, os argelinos poderiam ter vencido, mas sucumbiram por 2 a 1, gols de Schürrle, Özil e Djabou, os três na prorrogação.
A equipe do técnico Joachim Löw não chega a ser uma propaganda enganosa, pois permanece forte candidata a levar a Copa.
Mas seus 4 a 0 contra Portugal na estreia deram a impressão de haver uma Alemáquina, que contudo enguiçou e não reeditou o desempenho espetacular.
A escalação de dois zagueiros como laterais, somando quatro zagueiros de origem, limita as opções ofensivas do time.
Pior ainda, constatou-se hoje, quando Özil está muito mal (o gol não o redime) e Müller não se cansa de desperdiçar chances (mas ele deu o passe para o tento de Schürrle).
A Alemanha é pragmática. Hoje parecia anestesiada, chegou a ser envolvida pela valente e comovente seleção argelina, mas, com rematado sentido prático, foi repetindo os movimentos, até conseguir melhorar e se impor pela qualidade técnica de muitos dos seus jogadores.
Se a Alemanha é pragmatismo, o futebol mais exuberante da Copa, até agora, foi o da França.
Como no começo da tarde, no Mané Garrincha, quando conseguiu dominar a Nigéria no segundo tempo, até vencer por 2 a 0.
O meio-campo com Cabaye, Pogba e Matuidi, mais recuados, e Valbuena, grudado nos dois atacantes, confunde diabolicamente os adversários.
Os franceses não ganharam seus quatro jogos (poupando titulares, empataram com o Equador), ao contrário de Colômbia e Holanda.
Mas em seus melhores momentos exibiram um jogo vistoso e eficiente, muito melhor do que esperavam até em seu país.
Alemanha e França têm tudo para fazer um tremendo mata-mata nas quartas-de-final.
Prognóstico?
Estou fora.