Holanda 2 x 1 México: Copa do Mundo, onde os fracos não têm vez
Mário Magalhães
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Aos 2 min do segundo tempo, Giovani dos Santos abriu o placar para o México, 1 a 0 sobre a Holanda vestida de laranja da camisa às meias.
Até então, sua seleção reduzia a placebo a tática holandesa do contra-ataque.
O calor no Castelão, no jogo iniciado às 13h, castigava ambas as equipes. Houve duas interrupções para os jogadores se hidratarem.
No Ceará, ao contrário do que supõem os não iniciados, a metáfora indicada é a busca por um lugar à sombra, e não ao sol.
Giovani, em um ótimo Mundial, incluindo seus dois gols mal anulados na estreia, foi retirado aos 15 minutos da segunda etapa. Ele atuava à frente, e em seu lugar entrou Aquino, mais recuado.
O México quis assumir a bula do contra-ataque e chamou os holandeses.
Ignorou a contraindicação, o perigo de ser golpeado até o nocaute.
A opção mexicana pusilânime rendeu muitas chances aos europeus, que enfim foram à luta, passando de dois para três atacantes.
Até Sneijder empatar aos 42 min, no rebote de um escanteio.
Quando parecia que assistiríamos a nova prorrogação, Rafa Márquez fez pênalti duvidoso em Robben, aos 46 min _mas no primeiro tempo o holandês sofrera penal claro não assinalado pelo árbitro Pedro Proença.
Huntelaar, que substituíra Van Persie no segundo tempo, converteu aos 48 min e classificou sua seleção às quartas-de-final.
Time valente!
O México fazia uma grande Copa, até o treinador Miguel Herrera recuar sua equipe em excesso, apesar do ingresso de Chicharito na etapa derradeira.
Em Copa do Mundo, pesa muito a camisa.
Miguel Herrera fez um belo trabalho, mas errou ao permitir o sufoco de um adversário que tem os craques Sneijder e Robben.
Seria emocionante o México alcançar as quartas.
Mas, em Copa, os fracos não tem vez: faltou coragem para seguir marcando a Holanda em seu campo, pressionando para tomar a bola perto do gol oponente.
Na hora decisiva, o México foi fraco.
Que pena.