Blog do Mario Magalhaes

Maradona é melhor do que Pelé? Pois Messi é melhor que Maradona

Mário Magalhães

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O futebol nos oferece tempos generosos nesta Copa.

Messi e Neymar, exuberantes, protagonizam uma era luminosa do jogo. Estão demais, arrepiam, comovem.

Na vitória da Argentina por 3 a 2 sobre a Nigéria, Messi marcou dois, chegando a quatro na competição.

É co-artilheiro ao lado de quem? De Neymar.

Os argentinos cantam ''Maradona é melhor que Pelé''.

Divirjo, mas não me debruço sobre a desinteligência.

O julgamento é menos opinião ou provocação. É dogma dos que dizem ''che''.

Outra convicção, minha, é que Messi é mais completo que Maradona foi, por mais relativa que seja a comparação de futebolistas de épocas diferentes.

Não foi decisivo para um título, como o ''Deus'' que levou nossos vizinhos ao triunfo no Mundial de 86.

Mas, sem Messi, talvez sua seleção não tivesse nem alcançado as oitavas-de-final em 2014.

E em primeiro lugar no grupo F, com 100% de aproveitamento.

Messi anotou nas três partidas, salvando os seus.

A despeito dos gols cinematográficos de Maradona, a coleção de tentos espetaculares do atual camisa 10 é maior.

Coletivamente, ele é mais útil, que o digam seus companheiros do Barcelona.

Curioso: os argentinos aclamam Diego maior que Pelé, mas se recusam a aceitar que Messi seja mais completo e brilhante que Maradona.

A propósito: Pelé e Neymar, Maradona e Messi, não são apenas craques. São gênios do futebol.

Messi é o mais tímido dos quatro, o que talvez não contribua para que seus conterrâneos o adotem como o número 1.

Além de ter partido muito cedo para a Catalunha e tudo o que todo mundo sabe.

Tantos eram os argentinos no Beira-Rio, que a equipe do técnico Sabella pelejou ''em casa'' hoje em Porto Alegre.

E que jogaço, um dos melhores da Copa.

Duas equipes fortes de ataque e frágeis de defesa.

No primeiro tempo, depois de chute de Di María na trave, Messi encheu o pé no rebote, fazendo 1 a 0 logo aos 2 min.

Um minuto depois, a Nigéria empatou, com Musa.

Confirmando a impressão de boa forma física, Messi correu muito; bateu falta, cruzando a bola; cobrou escanteio; e bateu falta para o goleiro Enyeama espalmar para córner.

Até que pouco antes do intervalo ele arrancou com a bola e foi derrubado. Cobrou certeiro, sem que o goleiro nigeriano nem se mexesse. 2 a 1 para Messi, ou para a Argentina, na espécie de final da chave.

Lavezzi já estava em campo, no lugar de Agüero, que saiu contundido aos 36 min. Foi superior ao titular.

A segunda etapa começou como a primeira, dois gols na largada.

Musa empatou a 1 min, em novo vacilo defensivo argentino.

Mas aos 4 min Lavezzi cobrou escanteio, e Rojo desempatou, 3 a 2.

Em seguida, Messi deixou Higuaín na cara do gol, mas o atacante desperdiçou.

Aos 17 min, Messi, aparentemente poupado, deu lugar a Alvarez.

De pé, o público do Beira-Rio aclamou o gênio sem carisma que é melhor que Maradona.