Não tá morto quem peleia: triunfo uruguaio vale por mil livros de autoajuda
Mário Magalhães
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Quando o time de Arévalo Ríos bate o de Andrea Pirlo, alguma coisa aconteceu.
Não venceu a técnica, o estilo.
Mas triunfou a vontade, a garra, tudo o que constitui a alma do futebol.
O futebol como simulacro da guerra, o núcleo da paixão, mais importante do que a vida e a morte.
O futebol ao sol, à sombra, temperado pelo sangue.
Depois de perder para a Costa Rica na estreia, o Uruguai sobreviveu ao derrotar a Inglaterra e se classificou hoje com uma vitória épica contra a Itália. 1 a 0, gol de Godín.
A seleção de Pirlo, que nos brindou com exibição espetacular nos 2 a 1 sobre a Inglaterra, vai embora da Copa.
Ficam os castelhanos, aqueles que não estão mortos porque peleiam até o derradeiro suspiro. Esta é a sua lição.
O empate favorecia os italianos. Com menos talentos, a despeito de Suárez _que, no entanto, mordeu Chiellini literalmente_ e Cavani no time, os uruguaios não baixaram a cabeça.
O povo das bandas orientais é assim, não se entrega.
A volta por cima do Uruguai no Mundial vale livro de autoajuda.
Ou, melhor, vale por mil livros de autoajuda.