Há um ano, policiais militares matavam na Maré
Mário Magalhães
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Da noite de 24 de junho de 2013, um ano atrás, à madrugada seguinte, policiais militares do Rio de Janeiro mataram ao menos nove pessoas no complexo da Maré.
Vingavam a morte de um sargento do Bope, alvejado horas antes por tiro provavelmente disparado por traficante de drogas.
Entre os jovens mortos havia alguns sem antecedentes criminais. Mesmo os criminosos não podem ser executados, prevê a lei.
Do instante em que o Bope invadiu a favela Nova Holanda até a sua saída, nove moradores locais foram mortos.
Nove mortos de um lado e nenhum do outro não é resultado de confronto, mas de chacina.
Até onde se sabe, nenhum agente público foi punido.
Menos de um mês depois, na Rocinha, PMs assassinaram o pedreiro Amarildo na tortura. Seu cadáver até hoje não foi encontrado.