Anulação de 2 gols legais do México enfeia Copa, mas alivia barra do Brasil
Mário Magalhães
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Para imensa sorte do futebol e da Copa, Peralta marcou o gol da vitória de 1 a 0 do México sobre Camarões, nesta sexta-feira. Antes, seu time havia feito dois gols legais, erradamente anulados. Um escândalo.
A segunda arbitragem desastrosa em dois jogos, ambos pelo grupo A, enfeia o Mundial. Pode, porém, minimizar os possíveis danos contra o Brasil decorrentes do pênalti inexistente sobre Fred assinalado ontem nos 3 a 1 da seleção sobre a Croácia (leia aqui).
Os equívocos na Arena das Dunas indicam que não é apenas o árbitro Yuichi Nishimura que se engana, nem que só o Brasil é ostensivamente favorecido. Conforme esse raciocínio, a deficiência seria técnica, sem haver má intenção.
No etapa inicial, Giovani dos Santos marcou duas vezes, e nenhuma valeu.
Primeiro, completou lançamento de Herrera.
O bandeirinha Humberto Clavijo deu impedimento que não havia, e o juiz Wilmar Roldán atendeu ao aceno.
Depois, em cobrança de escanteio do México, Dos Santos novamente anotou, e árbitro e auxiliar colombianos anularam.
O meia estava mesmo adiantado, mas antes de chegar a ele a bola bateu num camaronês, Choupo-Moting, e não num jogador mexicano. Portanto, não existiu offside.
Bom para o esporte, o México e o Brasil, aos 12 min do segundo tempo Giovani dos Santos chutou cara a cara com o goleiro, Itandje espalmou, e Peralta decidiu a partida.
Camarões hoje é um simulacro do que já foi no passado.
México e Croácia devem pelejar mano a mano pelo segundo lugar no grupo, que dá vaga nas oitavas-de-final, atrás da seleção brasileira.
Tomara que não haja definição por saldo de gols, o que faria com que os erros de arbitragem pudessem significar vida ou morte na Copa.
E torçamos para que o nível dos árbitros melhore, para que discutamos só futebol-futebol.