Blog do Mario Magalhaes

Livro: ‘Imprensa norte-americana serviu às elites na crise de 2008’

Mário Magalhães

Imprensa dos EUA cobre a crise – Foto reprodução Deutsche Welle

 

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O livro em questão é ''The Watchdog That Didn't Bark – The Financial Crisis and the Disappearence of Investigative Journalism'' ou ''o cão de guarda que não latiu, a crise financeira e o desaparecimento do jornalismo investigativo''.

Quem se habilitará a publicá-lo no Brasil?

Eis a resenha de autoria da repórter Eleonora de Lucena, veiculada sábado na ''Folha'':

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Imprensa norte-americana serviu às elites na crise de 2008

Por Eleonora de Lucena

Por parcialidade, arrogância, falta de visão e de investimentos, a mídia nos EUA falhou: não alertou o público sobre a construção da crise que explodiu em 2008 e que ainda reverbera no mundo. O noticiário se contentou em ouvir versões róseas de executivos financeiros, não investigou a realidade e deixou seus leitores sem informação relevante.

Pior: reforçou uma avaliação errada da situação e serviu aos interesses do mercado financeiro. A análise desse retumbante fracasso é do jornalista Dean Starkman, que dissecou arquivos, fez entrevistas e pesquisou a história de publicações.

O resultado está em ''The Watchdog That Didn't Bark – The Financial Crisis and the Disappearence of Investigative Journalism'' [o cão de guarda que não latiu, a crise financeira e o desaparecimento do jornalismo investigativo], livro obrigatório para jornalistas –e não só.

Starkman afirma que o problema ocorre quando o mercado de mídia passa por transformações que colocam em xeque modelos de negócios. Redações menores, focadas no curtíssimo prazo e com menos fôlego para encarar investigações demoradas e custosas levaram os principais órgãos do jornalismo americano a perder a maior história da década, diz ele.

Enquanto tradicionais empresas jornalísticas enfrentam crise e não conseguem ver o contexto maior da notícia, o setor financeiro cresce de forma desregulada. Se até meados da década de 1980 as finanças não obtinham mais do que 16% dos ganhos corporativos da economia, nos anos 2000 já abocanhavam mais de 40% desses lucros.

Para ler a íntegra, basta clicar aqui.